O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (Setransp) pretende tentar derrubar na justiça uma liminar que determina que não seja limitado o número de viagens pelo Cartão Fácil no sistema do Eixo Anhanguera.
O vice-presidente do Setransp, Décio Caetano, destaca que a decisão da justiça já está sendo acatada, mas que o sindicato recorrerá para que haja sim limitação no número de viagens no Cartão Fácil. A alegação é que se trata de uma medida de combate a fraudes no sistema.
“Já estamos a partir de hoje acatando a decisão. Vamos recorrer por entender que o Setransp tem alertado nestes últimos dias a respeito da evasão, da fraude no transporte coletivo, especificamente no Eixo Anhanguera, ninguém vai ser conivente com este tipo de atitude. Acho que nem a justiça, nem o Ministério Público poderão permitir a situação atual. Vamos tentar esclarecer o que está acontecendo para que o usuário não seja prejudicado” destacou Décio Caetano.
O vice-presidente do Setransp afirma que não quer causar nenhum transtorno ao cidadão. Que a intenção é limitar o número de viagens, mas aquele que quiser poderá solicitar alteração na sede do órgão.
“Nós não queremos causar nenhum tipo de transtorno. Só nestes últimos dias mais de 250 pessoas procuraram o Setransp e solicitaram a alteração do limite de viagens”, justifica.
Fraudes
A juíza Maria Umbelina Zorzetti acolheu pedido liminar feito em ação civil pública proposta pela promotora de Justiça Maria Cristina Miranda.
A alegação do Setransp é que as fraudes prejudicam o sistema e que ações estão sendo feitas para combater as irregularidades.
“São várias ações que precisam ser feitas para acabar com as fraudes do transporte coletivo. Nós estamos fazendo um esforço, mas precisa ser de todos. Este problema afetou o usuário que paga tarifas mais caras”, argumentou o vice-presidente do Setransp.
Passe Livre
Décio Caetano afirmou que durante esta semana foi feito um cruzamento dos cadastros do INSS com os do Passe Livre.
“Identificamos cerca de seis mil cartões de pessoas que morreram e que ainda estão sendo usados no transporte coletivo. É mais uma fraude que estamos combatendo”, argumenta.
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