Política

Setor empresarial quer “projetos de estado” dos pré-candidatos

As organizações do setor empresarial estão preparando um plano com propostas para os pré-candidatos a prefeito de Goiânia nas eleições desse ano. Segundo o presidente do Sindicato da Habitação (Secov), Antônio Carlos Costa, a intenção é apresentar um documento defendendo “projetos de estado e não de governo” para desenvolver Goiânia, “independente se quem vencer for de direita, esquerda ou centro”.

Costa disse que o documento está sendo alinhavado em conjunto pelo Fórum da Habitação, Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon), Secov, Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademe) e Associação dos Desenvolvedores Urbanos de Goiá (ADU). Todas são integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese).

“Vamos levar para os candidatos nossas propostas de como transformar e dar sustentabilidade para Goiânia”.

Pontos cruciais no plano do setor empresarial

De acordo com ele, alguns pontos são cruciais para o setor empresarial. “Precisamos de anel viário, de industrializar a cidade, aumentar o PIB per capita das pessoas”, pontuou Costa em entrevista ao editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, nesta segunda-feira (15). Além de presidente do Secov, ele é vice-presidente do Codese e da Federação das Indústrias de Goiás.

Conforme Costa, o segmento tem falado da importância de melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Capital e Região Metropolitana, reiteradamente. “Somente assim vamos melhorar o IDH da população de Goiânia. Não dá para se falar em melhorar o IDH sem casar isso com uma política pública de desenvolvimento industrial e da educação, com um viés de produtividade. Essa é nossa proposta, algo diferente para Goiânia”, sublinha.

Em sua definição, o que o setor espera é que o plano de governo do eleito em Goiânia “seja um pedacinho desse plano de estado”. Costa prosseguiu frisando o que os empresários buscam: “Precisamos da continuidade das políticas públicas, independente se é de direita, esquerda, centro. A gente quer ter um plano de estado em primeiro lugar”.

Para ele, não há problema em que cada governante tenha sua marca, desde que “nunca deixe de conduzir algo maior. Desde que dê continuidade à obra do outro, e não destrua a obra do outro”, acrescentou.

Empresários na disputa

Ele comentou sobre haver três empresários lançados como pré-candidatos a prefeito em Goiânia esse ano (Vanderlan Cardoso do PSD, Sandro Mabel do UB e Leonardo Rizzo do Novo), “O Secov vê com muito bons olhos pessoas do setor produtivo (empresários) arriscando (na eleição). Independente de ser um ou outro, vejo com bons olhos, assim como vejo qualquer um dos candidatos de direita, esquerda ou centro, que compre essa ideia de um plano maior, de estado, para nossa cidade e para a Região Metropolitana e, a partir dele, construir os planos de governo atrelados ao mesmo, dando continuidade ao longo do tempo. Somente assim vamos virar uma cidade sustentável”, sugeriu.  

A respeito de defender a industrialização como política pública, ele foi enfático. “A vida inteira lutamos por industrialização e sempre falavam que Goiânia deveria ser para serviços, uma cidade administrativa. Existe um erro grotesco de achar que a indústria é aquele predinho com uma chaminé poluindo. Hoje a indústria que a gente fala é tecnológica, vai trazer a mudança de vida das pessoas”.

Nesse sentido, o presidente do Secov citou como exemplo comparativo o estado de Santa Catarina. “Tem a mesma população, um terço da nossa área, e o dobro do PIB per capita. Então, como falar em melhoria de IDH se a gente não melhora o PIB per capita, não investe em educação, uma educação voltada para o processo de desenvolvimento industrial?”, questiona.  

Costa concluiu afirmando que não esconde querer Goiânia industrializada. “Mas isso não significa poluição. É preciso acabar com esse paradigma de vez, somente assim a gente vai fazer com que Goiânia e Região Metropolitana deem esse salto de IDH que tanto sonham e merecem”.

Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.

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