A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) vai promover vacinação de grupo de risco contra a Monkeypox, conhecida como varíola dos macacos e renomeada como Mpox pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A imunização de portadores de HIV/aids, profissionais de saúde expostos ao vírus e pessoas que tiveram contato direto com casos suspeitos ou confirmados começa a partir desta semana.
A remessa com 528 doses da vacina foi recebida pela SES-GO nesta terça-feira (14), enviada pelo Ministério da Saúde (MS), responsável pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). De acordo com a Saúde, o objetivo é imunizar as pessoas mais suscetíveis a desenvolver a forma grave da doença.
O grupo de risco definido pelo Ministério da Saúde foi separado em três grupos, divididos como pré-exposição e pós-exposição ao vírus Mpox. No primeiro grupo estão pessoas diagnosticadas com HIV/aids (homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais), com 18 anos de idade ou mais, com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos TCD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.
O segundo grupo é formado por profissionais de laboratório que trabalham diretamente com orthopoxvírus (o vírus da Mpox) em laboratórios com nível de biossegurança 3, com idade entre 18 a 49 anos. O esquema de vacinação tem a indicação de duas doses para cada pessoa.
Também fazem parte deste grupo as pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como alto ou médio risco, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com SES-GO, em Goiás foram 563 casos confirmados da doença. Entre os casos registrados, todos se recuperaram bem.
Entre os sintomas da doença estão a presença de lesão súbita em mucosas e/ou erupção cutânea aguda sugestiva de Mpox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital/perianal, oral) e/ou proctite (por exemplo, dor anorretal, sangramento), e/ou edema peniano, podendo estar associada a outros sinais e sintomas, como febre, dor nas costas e dor de cabeça.
A SES-GO alerta a procurar assistência médica ao menor sinal do aparecimento de sintomas. O diagnóstico é realizado por meio da análise de material vesicular ou crosta da lesão.