Servidores da Educação de Goiânia e de Goiás vão participar nesta quarta-feira (16) de uma mobilização nacional, na capital, a partir das 14h. A concentração será no Paço Municipal. A categoria reivindica pautas como o pagamento do piso e valorização dos planos de carreira.
Segundo o cronograma, os professores e administrativos municipais e estaduais farão uma carreata até a nova sede da Assembleia Legislativa, no Parque Lozandes.
Tanto o Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Estado de Goiás (Sintego), quanto Sindicato Municipal dos Servidores da Educação (Simsed), participarão do ato. Este último já sairá às ruas às 10h, logo após assembleia da categoria.
Os servidores pedem, além do reajuste de 33,24% no piso salarial, data-base relativa aos anos de 2020, 2021 e 2022. O Sintego, que legalmente representa os professores, não chegou a um acordo com a Prefeitura de Goiânia, que propõe aumento de 7,5% para docentes e 9,32% para administrativos. Por isso, a categoria deflagrou greve após assembleia na terça-feira (15).
O sindicato diz que “a prefeitura precisa resolver a pauta da Educação que envolve também: volta do pagamento imediato dos quinquênios, vagas reais para concurso público, progressão dos/as administrativos/as e fazer de fato a Educação ser referência em Goiânia.”
A entidade ainda pediu transparência ao orçamento do município. “Não pode simplesmente dizer que não tem recurso. Se na hora de pagar o IPTU exige-se o cumprimento da Lei, na hora de respeitar uma Lei Federal e Municipal a gestão não pode se recusar. Isso não é um exemplo correto e coerente para o poder público dar a toda sociedade”, seguiu.
Ao DG, o secretário de Educação de Goiânia, Wellington Bessa, sinaliza que pode ir à Justiça para evitar que a greve. O titular da SME reforçou que não é possível pagar 33,2% para todos os professores, como exigido pelo sindicato. “Estamos analisando juridicamente de modo a proteger a sociedade e os alunos porque sabemos que o prejuízo será sentido pelos estudantes e famílias”, disse.
Bessa considera que o indicativo de greve dado após duas assembleias foi uma decisão precipitada. “Historicamente isso nunca aconteceu. Após duas assembleias, estamos em franca negociação. Uma greve é deflagrada quando não existe mais possibilidades de negociação”. Para o secretário, esse acirramento foi ocasionado por conta de uma ‘disputa política’ entre dois sindicatos: o Sintego e o Simsed.
“A categoria, nós acreditamos que influenciada pela briga e disputa entre dois sindicatos onde cada um quer representar mais ou melhor os trabalhadores. A nossa sociedade só perde. Hoje, Goiânia garantiu o piso nacional”, destacou.