Servidores comissionados da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) foram surpreendidos na manhã desta segunda-feira (17) quando chegaram para trabalhar e não conseguiram registrar o ponto digital. Informações é que a prefeitura não comunicou os trabalhadores com antecedência sobre as demissões.
Os desligamentos, segundo informa a assessoria da prefeitura, fazem parte de uma ”reestruturação” da Companhia. De acordo com a empresa as demissões não afetarão a coleta seletiva da capital e demais serviços.
Inclusive, os desligamentos aconteceram após a Comurg enfrentar uma crise financeira no serviço de coleta seletiva, depois que a empresa ITA Transportes suspendeu, no último dia 6 de outubro, o contrato com a prefeitura por conta de atraso no pagamento da prestação de serviços que passava de R$ 27 milhões.
O Diário de Goiás mostrou que o não pagamento da dívida milionária, gerou atrasos na coleta de lixo e muitas reclamações por parte da população. Portanto, no dia 12 de outubro, a companhia informou que que os serviços já tinham normalizados após entrar em acordo com a empresa ITA.
Portanto, conforme mostra o jornal O Popular, o corte teria relação com os resultados das urnas no primeiro turno. Muitos comissionados estavam em campanha para autoridades políticas que disputavam uma vaga na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, inclusive a primeira-dama, Thelma Cruz. O vereador Clécio Alves (Republicanos), foi o único que saiu vitorioso a deputado estadual, portanto, com a derrota de Thelma, do mesmo partido, teria provocado um ”mal estar” dentro da prefeitura.
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Em nota, a companhia informa que os trabalhadores exonerados prestavam serviços exclusivamente no setor administrativo e que nenhuma demissão foi realizada no setor operacional.
Lista de demissão
Cerca de 350 comissionados foram desligados nesta segunda-feira (17). Conforme adiantando pela Companhia em nota, as demissões se concentraram especificadamente na área administrativa. Portanto, os exonerados foram das funções: diretoria de logística, 11% e de urbanismo, 7%. Coordenação de Serviço de Saúde e Medicina do Trabalho, 6,5% e presidência, 5,5%.
Ainda conforme mostra O Popular, apesar da companhia alegar que somente comissionados do administrativo foram desligados, foi identificada demissões de pessoas com funções operacionais, como frentistas.