O serralheiro Daniel Mauricio de Oliveira foi preso, no sábado (23), suspeito de cometer estupros em série em Goiânia. A Polícia Civil informo que ele deve ter cometido os crimes contra pelo menos onze mulheres entre 2015 e 2024.
As vítimas identificadas tinham entre 11 e 66 anos na época dos crimes, sendo que seis delas tiveram os crimes comprovados por exame de DNA. Sobre os locais em que os crimes foram cometidos, cinco deles aconteceram em Goiânia e outros três em Trindade, Santa Bárbara de Goiás e Goianira.
Durante a investigação todas as vítimas descreveram o suspeito da mesma forma, como sendo um homem com estatura mediana, branco, sem barba e cabelos grisalhos. De acordo com a delegada responsável pelas investigações, Amanda Menuci, as vítimas não tinham ligação entre si e nem com o serralheiro. Portanto, eram escolhidas de forma aleatória.
As investigações aconteciam de forma isolada, já que, a princípio, não havia relação entre eles. A relação surgiu após a Polícia Técnico-Científica encontrar semelhança entre o material genético do suspeito e o encontrado nas vítimas.
A foto do suspeito foi divulgada pela Polícia Civil na tentativa de localizar outras vítimas do serralheiro.
Investigação
Conforme apontam as investigações, as vítimas eram abordadas em ruas, principalmente em pontos de ônibus e, em alguns casos, o serralheiro utilizava armas ou facas para ameaçar as mulheres para que elas entrassem no veículo. Entretanto, em dois casos as mulheres entraram de forma voluntária, uma vez que o suspeito ofereceu carona.
Na maior parte dos casos, o serralheiro teria utilizado substância para dopar as vítimas, diminuindo a capacidade de defesa. Após o crime, as mulheres eram deixadas em rodovias.
Além disso, era comum que o serralheiro se passasse por líderes religiosos de diferentes religiões para ganhar a confiança das mulheres. “A depender da religião da vítima, ele se ligava e ganhava confiança dizendo que também pertencia àquela religião. A vítima de Santa Bárbara de Goiás é espírita umbandista e ele se intitulou pai de santo. Em alguns casos ele se passava por pastor, inclusive foram apreendidos na residência dele, cartões de identificação de pastor”, explicou o delegado Rafael Borges, do 1º Distrito Policial de Trindade.
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