O senador Alessandro Vieira (Cidadania-ES) informou pelas redes socais, na manhã deste domingo (23), que pediu a convocação do ex-assessor da Presidência da República Arthur Weintraub para a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado.
De acordo com o senador, há possíveis prejuízos causados à saúde pública que podem ter sido causados por um suposto assessoramento paralelo de Arthur.
“Pedi a convocação do ex-assessor da Presidência Arthur Weintraub, para esclarecer a sua atuação na estrutura extraoficial de assessoramento no combate à pandemia. As orientações deste grupo foram contrárias ao consenso técnico global e causaram prováveis prejuízos à saúde pública”, diz o post.
Pedi a convocação do ex-assessor da Presidência Arthur Weintraub, para esclarecer a sua atuação na estrutura extraoficial de assessoramento no combate à pandemia. As orientações deste grupo foram contrárias ao consenso técnico global e causaram prováveis prejuízos à saúde pública
— Senador Alessandro Vieira (@Sen_Alessandro) May 23, 2021
Arthur é irmão de Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro. Neste domingo o também senador Humberto Costa (PT-PE) disse que Arthur terá de ir à CPI, pois o “crime está gravado”, segundo ele.
“Abraham Weintraub terá que ir na CPI explicar o gabinete paralelo do Ministério da Saúde. O crime está gravado”, diz o post.
Abraham Weintraub terá que ir na CPI explicar o gabinete paralelo do Ministério da Saúde. O crime está gravado. https://t.co/aa8rrfA1AU
— Humberto Costa (@senadorhumberto) May 23, 2021
O senador afirmou também que vai convocar a ex-secretária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde Luana Araújo, que ficou apenas 10 dias à frente do cargo e pediu demissão.
Neste sábado (22), o Metrópoles publicou uma matéria com vídeos de Arthur Weintraub que sugere que o ex-assessor comandava um grupo de assessoramento paralelo a Jair Bolsonaro na condução da pandemia. Na matéria, Weintraub declara que “comandou um grupo de aconselhamento”.
De acordo com a reportagem, em 14 de agosto de 2020, no Palácio do Planalto, Arthur havia dito que teve contato com médicos.
“Eu, a partir de fevereiro [de 2020], como assessor do presidente, então é uma oportunidade que me foi dada pelo presidente, eu comecei a entrar em contato com os médicos. Os médicos que tenho referência, como o doutor Luciano Azevedo, a doutora Nise [Yamagushi], o Paulo Zanotto”, revelou Arthur.
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