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Brasil
| Em 1 ano atrás

Senador do NOVO viaja com dinheiro público para entregar documento, erra país e critica jornalista

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O senador Eduardo Girão (Novo-CE), acirrado defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional, criticou a jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, ao tentar se justificar da equivocada viagem a sede da ONU. Girão liderou nessa sexta-feira (21) uma comitiva de parlamentares, na tentativa de entregar uma suposta denúncia das arbitrariedades e violações cometidas contra os direitos fundamentais dos presos por atos golpistas do dia 8 de janeiro no Brasil, ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque.

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Foi quando a jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, publicou em sua coluna uma nota sobre a viagem do senador e de outros parlamentares bolsonaristas. Segundo a jornalista, o grupo errou o continente, pois o escritório que recebe esse tipo de denúncia fica em Genebra, na Suíça.

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A nota diz que o senador Girão viajou com dinheiro público para algo que poderia ter sido feito online, já que não é preciso ir até Genebra para protocolar petições ao Comitê de Direitos Humanos.  Conforme consulta feita a advogados e membros do Itamaraty, a jornalista aponta que, quando uma denúncia é peticionada em um órgão multilateral, o correto seria ir à sede da instituição, em Genebra, na Suíça, e não em Nova Iorque como aconteceu. 

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Resposta de Girão

Pelas redes sociais, Girão rebateu e disse que se tratava de uma “nota maldosa e equivocada”. Ele justifica que a comitiva estaria apenas no procedimento de “dar ciência ao embaixador, representante do Brasil na ONU”. Ele afirmou, no entanto, que o processo não precisaria de uma visita presencial sendo possível ser peticionado de forma virtual. 

“Talvez a repórter não saiba, mas não é preciso ir a Genebra para enviar petições ao Comitê de Direitos Humanos. O processo é feito online… Paz & Bem”

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Disse Girão citando a matéria

O senador recebeu criticas

A viagem de Girão e dos demais parlamentares foi criticada por outros veículos de comunicação e por internautas nas redes sociais, que apontaram a incoerência de denunciar supostas violações de direitos humanos no Brasil enquanto apoiam o governo Bolsonaro, acusado de diversas violações pela ONU e por organizações internacionais. Além disso, os presos do 8 de janeiro são considerados terroristas por tentarem invadir o Supremo Tribunal Federal, por atacarem a polícia e criar um ambiente de caos exigindo intervenção militar.

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Fabrício Carvalho

Casado com Kariny Melo e pai do Ítalo Melo. Na vida o que vale é ter histórias para contar.