Sobre a possibilidade da Prefeitura de Senador Canedo entrar com ação para tentar solucionar o problema da falta de água no município, impedindo que produtores rurais utilizem de forma abusiva os recursos dos Ribeirões Sozinha e Bonsucesso, a assessoria de imprensa do prefeito Misael Oliveira informou que o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) ainda espera um relatório da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema).
“Foi realizada uma reunião na semana passada, com representantes da Sanesc, da Agência Municipal de Meio Ambiente, da Dema, MP e o prefeito Misael, em que foi acordado que a Dema faria um relatório informando as irregularidades e os locais visitados para o MP entrar com a ação”, explicou a assessoria.
Foi firmado o compromisso de que o relatório deveria ser entregue à Prefeitura de Senador Canedo até esta segunda-feira (26). No entanto, até às 18h10, a administração municipal ainda não havia recebido nenhum documento. “Mas pode ser que o delegado Luziano [de Carvalho] mande ainda hoje. Ainda há tempo”, ressaltou a assessoria.
Com o relatório em mãos, o Ministério Público pedirá à Justiça uma liminar de busca e apreensão das bombas de irrigação instaladas ao longo dos Ribeirões Sozinha e Bonsucesso, em Goianápolis e outros municípios que possam estar envolvidos na prática de uso abusivo da água, para que seja facilitada a chegada da água à Senador Canedo.
O caso
Na última quarta-feira (21) o prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira, decretou estado de calamidade no município devido à falta de água. Além da seca, o gestor municipal culpa os produtores rurais que abusam dos recursos hídricos. “É a utilização ilegal de pivôs de irrigação por pessoas que não têm outorga de água que nos levou a esse estado de calamidade”, afirmou Misael na ocasião.
Antes disso, a Prefeitura de Senador Canedo implantou uma série de medidas para tentar solucionar, ou pelo menos reduzir, os efeitos do problema. Entre as ações, a administração municipal perfurou diversos poços artesianos e contratou vários caminhões-pipa para poder levar água à população, principalmente da parte mais alta da cidade.
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