O primeiro debate com candidatos à Prefeitura de Goiânia ocorreu na noite desta quinta-feira (8), na sede da TV Sucesso/Band, com duração de duas horas e meia. Segundo colocado nas pesquisas, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) não compareceu ao evento. Com a presença de Adriana Accorsi (PT), Sandro Mabel (UB), Rogério Cruz (Solidariedade), Fred Rodrigues (PL) e Matheus Ribeiro (PSDB), o encontro foi marcado por críticas à atual situação da cidade e apresentação de propostas para melhorias.
Antes de iniciar o debate, os candidatos concederam entrevista ao editor-chefe do Diário de Goiás, o jornalista Altair Tavares, e se mostraram confiantes para a discussão. “O debate sempre é um momento muito importante para conversar sobre os problemas da cidade e apresentar propostas de soluções à população. Um momento de debate democrático muito importante para que as pessoas possam conhecer os candidatos e fazer a melhor escolha”, frisou Adriana Accorsi.
“A nossa ideia é discutir propostas”, salientou Mabel, com a afirmativa de que suas propostas estão sendo, inclusive, copiadas pelos demais concorrentes. Fred Rodrigues, por sua vez, frisou que o debate é a ferramenta mais importante da campanha, onde o eleitor pode visualizar o candidato “da forma mais pura possível”. Já Matheus Ribeiro, ponderou que o principal desafio seria “defender um projeto de renovação consistente para Goiânia”, que tire Goiânia da “política atrasada que deixa de responder aos problemas cotidianos” da população.
Propostas e conflitos
Após alfinetada de alguns candidatos em função da ausência de Vanderlan Cardoso, o principal conflito apresentado no debate foi voltado à atual situação da cidade, que, de acordo com os políticos, com exceção de Cruz, encontra-se em condições caóticas.
A saúde pública foi um dos assuntos levantados. “Estive nos Cais e é um absurdo o que vi. Falta até dipirona. Na minha gestão a saúde receberá a atenção que merece”, ponderou Sandro Mabel. “Saúde é questão de vida ou morte, e essa é a maior angústia da população de Goiânia”, ressaltou Adriana Accorsi, com a promessa de colocar policlínicas em todas as regiões da cidade, com especialidades médicas, além de estabelecer um cronograma para diminuir a fila de espera para consultas e exames.
Ao apresentar dados referentes à temática, Rogério Cruz afirmou que nenhum dos adversários que estão na disputa pelo Paço Municipal tem argumentos para contradizer os números. “Reconhecemos que ainda temos muito a investir, porque as demandas são cotidianas, e assim o faremos até o final desta nossa gestão, pois não nos falta compromisso em proporcionar qualidade de vida aos nossos goianienses”, disse.
Com a afirmativa de que “nunca se investiu tanto em saúde em Goiânia, o prefeito destacou, inclusive, a presença de Adriana Accorsi na inauguração do Hospital da Mulher, em Goiânia. “Eu estive com o senhor prefeito na inauguração da ampliação da Maternidade Célia Câmara, não só para aplaudir, mas também para entregar R$ 1 milhão, que trouxe como deputada federal, para aquela maternidade”, rebateu a candidata, com a ressalva de ter destinado, também, emendas parlamentares para várias outras áreas da saúde.
Em seguida, Adriana Accorsi questionou Fred Rodrigues sobre as ideias voltadas à coleta de lixo na cidade, um dos principal problemas enfrentados atualmente. “Meu projeto é basicamente fazer o contrário do que as gestões petistas. Ainda que Rogério Cruz receba muitas críticas a respeito da Comurg, a gente tem que lembrar que a grande crise da Comurg começou no governo petista de Paulo Garcia”, disse.
“Todas as administrações, independente do partido político, tem erros e tem acertos. Então, para lembrar administrações do PT, eu quero lembrar a administração do meu pai, Darci Accorsi, onde os trabalhadores da Comurg foram valorizados e a cidade ganhou prêmio de cidade mais bonita e ecologicamente correta, e dizer que a Comurg é um problema complexo. A limpeza urbana que é tão importante para nós. Não é só beleza e organização. É higiene e é saúde”, respondeu a candidata do PT.
Já Rodrigues, questionou Matheus Ribeiro sobre a educação em Goiânia sobre as propostas voltadas à área, com prioridade ao ensino “de qualidade” e o abandono de idealizações. “Para evitar que o pai, quando mande o aluno para a sala de aula, receba de volta um profissional, um aluno, estudante, e não um militante”. Ribeiro destacou a importância do acesso à educação, principalmente na primeira infância. “Os problemas emergenciais precisam ser resolvidos de forma emergencial”, disse.
Assista, nesse link, ao debate completo.
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