Seita religiosa tem suspeita de sexo forçado e estelionato em Goiânia

A Polícia Civil, por meio do delegado Isaías Pinheiro, titular do 1° Distrito Policial, investiga o líder da seita religiosa Essenium, de Goiânia, por induzir os integrantes a prática de crimes de estelionato em forma de pirâmide financeira e de manter relação sexual mediante fraude com alguns dos membros.

Segundo informações da Polícia Civil, o criador da seita Diego Augusto Morais, conhecido como Mestre, oferecia o conhecimento da existência humana e a partir disso criou duas empresas, a Essenium, em 2002, que teria a angariação de fundos junto a pessoas mais idosas como principal forma de bancar a vida cara que levava com o namorado; e a Kether, um grupo selecionado, composto por homens jovens e bonitos.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, a empresa Kether tinha a função de satisfazer a lascívia de Diego. Segundo Isaías Pinheiro, conforme apurado pela polícia, o Mestre oferecia o próprio sêmen como forma de purificação. “Ele oferecia da própria fonte e em copinhos de plástico”, disse o delegado.

Segundo informações do jornal O Popular, a casa onde funcionava a seita, no setor Marista, foi fechada pela proprietário do imóvel depois que ele soube o que acontecia no local. Exames periciais foram realizados no local e constataram, com o uso de luminol, resquícios de sêmen e de sangue, no entanto, os laudos ainda não foram repassados a Polícia Civil.

O delegado Isaías Pinheiro já ouviu nove pessoas no inquérito do caso, três delas são vítimas e as outras seis, testemunhas. Ainda devem ser ouvidos os seguidores da seita, que continuam realizando os rituais nas casas dos membros.

Um site fundado há cerca de seis meses, intitulado apenas como essenium.org, compila diversas denúncias contra o fundador da seita, Diego Morais, usando fotos, áudios e vídeos para embasar as afirmações. O criador da página, Willian Gil, deu detalhes ao Portal Mais Goiás sobre como funcionaria o esquema dentro da instituição.

De acordo com ele, Diego consegue reunir em seus grupos de estudo seguidores de diversas correntes religiosas, como espíritas, católicos, wiccans e evangélicos. “Ele diz falar de coisas universais, que independem de religião. Então ele atrai pessoas de diversos grupos e várias idades”, revela.