16 de dezembro de 2024
Demandas não atendidas • atualizado em 30/06/2022 às 12:43

Secretário de Segurança Pública desconhece realidade da Polícia Civil, diz presidente do Sinpol

A declaração é uma resposta à afirmação de Renato Brum sobre a categoria ter uma carreira "bem-estruturada"
Está marcada para ocorrer, nesta quinta-feira (30), uma assembleia extraordinária do Sinpol (Foto: Reprodução)
Está marcada para ocorrer, nesta quinta-feira (30), uma assembleia extraordinária do Sinpol (Foto: Reprodução)

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol), Renato Rick, disse, ao Diário de Goiás, que o secretário estadual de Segurança Pública, Renato Brum, “desconhece” a realidade da categoria.

“Não precisa de muito esforço para conversar com os policiais civis e perceber que todos são unânimes sobre estarmos muito longe de termos um categoria bem-estruturada”, frisou. “Pelo contrário, temos uma das categorias mais falidas da segurança pública. Outras corporações, como bombeiros e policiais militares, têm carreiras melhores.”

A declaração é uma resposta à entrevista de Brum à Rádio Bandeirantes, quando ele afirmou que os policiais civis têm uma carreira “bem-estruturada”.

“Estamos sensíveis às reivindicações. Eles querem a reestruturação da carreira, mas eles têm a carreira bem-estruturada. A Polícia Civil tem suas classes, as promoções estão garantidas”, declarou.

Assembleia extraordinária

Está marcada para ocorrer, nesta quinta-feira (30), uma assembleia extraordinária do Sinpol. “Precisamos colocar nossa categoria a par dos quatro anos de governo, discutir as demandas dos policiais civis e mostrar quais foram os resultados. Será uma prestação de contas com os colegas”, explicou Renato.

A principal reivindicação, de acordo com ele, é justamente a reestruturação da carreira, algo que tem sido pedido desde o início da gestão do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) “para corrigir injustiças e demandas que não foram atendidas”.

“Nossa categoria foi a primeira a declarar apoio ao Caiado”, lembrou. “Nesses quatro anos, a gente não foi ouvido, nem recebido pelo governador para uma reunião. O sentimento de frustração é muito grande.”

“Algumas categorias tiveram demandas atendidas. Não houve tratamento isonômico com os policiais civis, e nós apresentamos resultados recordes de prisões e apreensões. Ajudamos a reduzir o índice de criminalidade, o que dá força ao governo na segurança pública”, acrescentou.

O presidente do Sinpol revelou que, na assembleia extraordinária, também deverá ser discutido o posicionamento dos políciais civis diante das próximas eleições, mas, na sua avaliação, ainda é cedo para dizer qual será o resultado.


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