As vistorias em casa para identificar e eliminar os focos do Aedes Aegypti devem ser feitas semanalmente, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO). De acordo com a pasta, o período de sete a dez dias é o tempo necessário para que os ovos depositados pela fêmea do mosquito se tornem insetos “adultos”. O alerta foi emitido diante do aumento dos casos da dengue.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, a eliminação do ovo depositado pelo Aedes Aegypti resulta no impedimento de nascimento de novos insetos. “Entre a fêmea depositar o ovo e esse ovo se transformar em mosquito adulto, leva-se em média de sete a dez dias. Então, se eliminarmos esse ovo uma vez por semana, impediremos o nascimento de novos mosquitos”, explica.
Ainda conforme pontuado por Flúvia, a borrifação de inseticida no ar, o fumacê mata somente o Aedes Aegypti na fase adulta. “Além disso, o fumacê tem uma eficácia muito baixa, porque a maioria das nossas casas tem muros altos, com muitas árvores e plantas, o que faz com que a quantidade de veneno que alcança o mosquito seja muito pequena”, afirma.
Apenas considerando o primeiro mês de 2024, Goiás verificou aumento de 10% no número de casos de dengue em relação ao ano passado, com 6.891 confirmações. Para controlar a situação, é fundamental a destruição dos criadouros, tanto para dengue, quando para outras arboviroses, como por exemplo Zika e Chikungunya.
Estratégias de combate à dengue
Na última sexta-feira (26), o Governo de Goiás apresentou as estratégias dos Gabinetes contra a Dengue nos municípios goianos. O gabinete deve ser instalado nos 246 municípios goianos, visando monitorar os casos de dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti.
Durante a apresentação, o governador Ronaldo Caiado afirmou que a responsabilidade da dengue não é apenas dos prefeitos, mas de todos. “Todos têm uma parcela. Por isso, a estrutura do Estado está convocada a auxiliar cada município”, explicou.
Os gabinetes possibilitam o monitoramento dos números da doença e ações de vigilância, combate ao vetor, assistência e regulação de forma virtual. As informações são compartilhadas entre o Estado e as prefeituras 24 horas por dia.
O novo secretário de Estado da Saúde, Rasível dos Santos, empossado também na sexta-feira, reafirmou a importância de mitigar os efeitos da dengue em Goiás e de agir com antecipação, além da “transparência para protegera vida do cidadão”.