16 de dezembro de 2024
Entrevista com Rogério Cruz • atualizado em 19/05/2022 às 16:38

Se não estiver na chapa governista, Cruz prefere João Campos em uma candidatura “isolada”

O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) recebeu a Redação do Diário de Goiás no Paço Municipal, onde comentou o cenário das eleições e o impasse do Republicanos
"Eles me deixaram livre quando eu os solicitei para ter essa carta branca, por isso declarei o meu apoio [ao governador]" (Foto: Fernando Leite / Divulgação)
"Eles me deixaram livre quando eu os solicitei para ter essa carta branca, por isso declarei o meu apoio [ao governador]" (Foto: Fernando Leite / Divulgação)

Com “carta branca”, diálogo e justificativas para apoiar o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) avalia que, se o presidente do Diretório Regional do Republicanos, João Campos, não estiver na chapa do governador, uma candidatura isolada dele ao Senado seria um bom cenário para os republicanos que apoiam o governador na sua tentativa de reeleição nas eleições deste ano.  

O tema foi abordado pelo prefeito na última quarta-feira (18), quando o prefeito recebeu a reportagem do Jornal Diário de Goiás no Paço Municipal para falar sobre a sua Gestão e também sobre o cenário político-eleitoral para as eleições deste ano.  

O Republicanos, partido ao qual o prefeito, a primeira-dama, Thelma Cruz, e toda a sua base são filiados, é o centro de um grande impasse dentro do pleito. Se tornou um impasse porque ninguém sabe responder pergunta sobre “em qual chapa João Campos deve concorrer ao Senado Federal”. Pode ser tanto pela chapa governista, quanto pela chapa do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (Patriota). 

Independente do cenário, Rogério diz que caminha com o governador e com João Campos, mas diz preferir que, se for para não caminhar na chapa majoritária de Caiado, que o candidato do Republicanos seja “isolado”, porque libera os deputados caiadistas da chapa para a Câmara Federal e para a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).  

“A decisão de o deputado João Campos e para onde ele vai, se for isolado, para mim, é melhor ainda. Deixa os pré-candidatos, tanto a deputado federal, quanto a deputado estadual abertos e à vontade para apoiar o governo de Goiás. Se for juntar a chapa de deputados federais (que terá 18 nomes) e deputados estaduais (que terá 42 postulantes), a maioria são caiadistas”, explica o prefeito Rogério Cruz que já assumiu apoio à pré-candidatura de Caiado.

Liberdade para apoiar o governador 

Cruz diz que a liberdade que ele tem para apoiar o governador se deu por duas situações. Primeiro por não ser candidato nestas eleições e segundo porque o ele obteve autorização junto ao Diretório Regional e também no Diretório Nacional do Republicanos, cujo presidente, o deputado Marcos Pereira, também liberou o prefeito após Rogério Cruz apresentar as suas devidas justificativas.  

“Eles me deixaram livre quando eu os solicitei para ter essa carta branca, por isso declarei o meu apoio [ao governador]. Isso não me trará nenhum problema porque eu não sou candidato. Agora as decisões são tomadas em conjunto, e o Republicanos é um partido muito democrático. O presidente Nacional, por exemplo, deixa os diretórios muito abertos, desde que eles sentem com ele e mostrem as justificativas, como eu mostrei a minha e ficou liberado”, comentou o prefeito.  

Apoio a Caiado e a João Campos 

Diante do cenário, a tendência é de que o prefeito caminhe com João Campos e Caiado, porém prefere que estejam juntos, porque, se o Republicanos apoiar um pré-candidato diferente, a sigla pode perder a força no Estado.  

“A democracia é maravilhosa, mas é como eu disse. Eu tenho essa vantagem de não ser candidato. Se um candidato do partido vai apoiar um outro candidato ao governo do Estado e outro vai apoiar outro pré-candidato a governador, tem a questão de que o partido vai perder a força e, além de perder a força, [o candidato] pode ser bloqueado. Mas como não sou candidato e tenho a vantagem de poder apoiar o governador”, acrescenta o prefeito.  

A única certeza que ele tem é a de que deve caminhar com o Governo do Estado. Como adiantado pelo Jornal é uma parceria considerada como um dos grandes fatores para que o Transporte Público da capital chegasse a outro patamar e que foi o primeiro passo para a aproximação entre os gestores.  

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