A eventual cassação da chapa do PL para deputado estadual por não ter atingido a cota de gênero pode fazer com que o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) aumente a sua base de apoio na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego).
Os três parlamentares eleitores pelo PL são Paulo Cezar Martins, Major Araújo e Delegado Eduardo Prado, todos de oposição. Se forem cassados, eles devem ser substituídos por dois nomes que fazem parte da base caiadista.
O Diário de Goiás consultou três fontes diferentes que fizeram cálculos sobre quem assumiria. Houve unanimidade em relação a União Brasil e PT. Há uma dúvida quanto à terceira vaga, que pode ficar com MDB, Podemos ou PRTB.
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O cálculo oficial, caso a cassação se confirme, será feito pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO). A reportagem entrou em contato com o órgão para verificar se já haveria alguma posição sobre esse assunto, mas a pergunta não foi respondida.
O primeiro suplente do União Brasil, o mesmo partido de Caiado, é Rubens Marques. No caso do PT, trata-se de Fabrício Rosa, de oposição. Os três partidos cotados para a última cadeira são da base governista.
Se for o MDB, o primeiro suplente é Francisco Oliveira, enquanto os nomes de PRTB e Podemos são Eliel Junior e Felipe Cortês, respectivamente. O Diário de Goiás apurou que União Brasil, PT e MDB preparam uma ação em conjunto na Justiça Eleitoral para reivindicar as vagas.
Dessa forma, a base de Caiado na Alego, que, a partir de 2023, deve ter 28 dos 41 deputados estaduais, considerando os dois do Republicanos, pode chegar a 30. A oposição, consequentemente, passaria de 13 para 11 parlamentares.
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