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Cidades
| Em 2 anos atrás

Saúde de Goiás anuncia recursos de R$ 20 milhões para diminuir fila de cirurgias eletivas

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O secretário da Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, anunciou, durante a abertura do 3° Congresso de Secretarias Municipais de Saúde, realizado nesta quarta-feira (8) em Goiânia, que Goiás vai aportar R$ 20 milhões para diminuir a fila de cirurgias eletivas.

Segundo o secretário o Ministério da Saúde já destinou também R$ 20 milhões ao Estado, e com o objetivo de desafogar à espera por cirurgias, o governo estadual contribuirá com a mesma quantia.

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“O Ministério da Saúde destinou R$ 20 milhões para Goiás e o Estado também vai aportar a mesma quantia com o objetivo de desafogar a espera nos municípios”, disse Sérgio Vencio.

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Ainda durante discurso Vencio falou da importância em se reorganizar os fluxos de pacientes, garantindo um atendimento mais eficaz nas unidades de alta complexidade. Um dos exemplos dessa transição, é a mudança de acesso dos pacientes aos hospitais Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e da Criança e do Adolescente (Hecad).

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“A regulação da porta do Hecad e do Hugol é um assunto que já foi amplamente discutido com as secretarias municipais, pois são hospitais de altíssima complexidade e custo. Não estamos falando do fechamento da porta destas unidades, mas sim de um projeto para que os municípios consigam encaminham casos graves para estas unidades, garantindo o tratamento dos pacientes”, pontuou.

Os casos leves, as chamadas fichas verdes e azuis, devem ser atendidos nas unidades municipais. “Atualmente, quase 60% dos casos atendidos em ambas as unidades são leves, o que compromete o atendimento aos municípios com os casos que são complexos”, pontua Sérgio Vencio. 

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Fila de espera em Goiás

Conforme já adiantado pelo Diário de Goiás, em todo Estado, existe uma imensa fila de pessoas que estão esperando por cirurgias eletivas, primeira consulta e solicitação de exames.

De acordo com as últimas atualizações dos números apurados por nossa reportagem, até o mês de fevereiro, quase 68 mil goianos aguardavam na fila do Sistema Único de Saúde (SUS).

Vale lembrar que no dia 6 de fevereiro deste ano, o governo federal lançou o Programa Nacional de Redução de Filas para cirurgias eletivas, exames complementares e consultas especializadas. De acordo com o Ministério da Saúde, o programa teve um orçamento inicial de R$ 600 milhões, conforme previsto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. Portanto, estes valores serão repassados a estados e municípios.

Conforme a pasta, o programa foi definido dentro de duas dimensões: uma emergencial, focada no “aumento imediato” da oferta de cirurgias, exames e consultas; e uma estruturante, dedicada à “melhoria dos processos de gestão das filas e do fluxo de atendimento dos usuários (sistema de regulação) e qualificação da atenção básica”.

A qualificação da atenção básica ajudará, segundo o ministério, a reduzir demandas para a atenção especializada. Dessa forma, possibilitará um número maior de médicos disponíveis nas equipes de atenção básica, bem como investimento em capacitação e uso mais intenso de tecnologias como telessaúde.

Segundo o ministério, a primeira fase do programa vai até junho de 2023. Dos R$ 600 milhões previstos para o ano, R$ 200 milhões serão repassados “imediatamente” para apoio na execução de planos locais que incentivem a organização de mutirões em todo país, de forma a  “desafogar a demanda represada”; e R$ 400 milhões serão repassados a depender da quantidade de cirurgias realizadas, principalmente as abdominais, as ortopédicas e as oftalmológicas.

“A ação prevê estratégias para garantir equipes cirúrgicas completas e melhorar o fluxo de atendimento em todo o Brasil. Cada estado poderá estabelecer as cirurgias prioritárias, de acordo com a realidade local”, informou o ministério. A segunda fase, entre abril e junho, inclui exames diagnósticos e consultas especializadas, com foco em tratamentos oncológicos.

Em nota, a pasta informa que “critérios e detalhes” para o repasse dos valores aos fundos dos estados e municipais de saúde serão publicados em portaria. “Cada unidade federativa terá que entregar um diagnóstico com a real demanda local por cirurgias, assim como um planejamento para executar o programa de redução das filas, para que seja estipulada a liberação de recursos. Estados e municípios devem apresentar o quantitativo de procedimentos realizados e dimensionar a redução”, diz a nota.

 

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Leonardo Calazenço

Jornalista - repórter de cidades, política, economia e o que mais vier! Apaixonado por comunicação e por levar a notícia de forma clara, objetiva e transparente.