O presidente da Fieg e pré-candidato a prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, classificou a saúde de Goiânia como um paciente em “estado gravíssimo”. O pré-candidato afirma que está percorrendo as unidades de saúde da capital para identificar as necessidades e principais demandas. “Temos visitado algumas UPAs, alguns Cais. Em tudo que eu tenho andado, eu tenho visto aí que nós temos que fazer algumas mudanças importantes”, pontuou.
Ao Diário de Goiás, Mabel destacou que a grande questão da Saúde de Goiânia é o mau uso das verbas municipais. “Eu diria que a saúde de Goiânia está realmente na UTI, está em respirador artificial para se manter viva. Tem profissionais que estão tentando fazer o seu trabalho, mas as condições são poucas, isso não é por falta de dinheiro.Goiânia tem 1,8 bilhão na área da saúde. Com isso daí dá para fazer saúde, porque quem entende diz que dá”, argumentou.
De acordo com ele, é possível resolver a questão da falta de recursos com uma boa gestão. “Tem que tirar de onde está vazando, onde não está sendo bem aproveitado, onde pode existir algum desvio, alguma coisa. Isso daí você tem que fazer onde entra a experiência de gestão para que você possa arrumar”, disse o pré-candidato do União Brasil.
Críticas e Saúde em colapso
Na última terça-feira (23), o secretário Municipal de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, recebeu críticas por parte dos vereadores da capital, que destacaram problemas nas unidades de Saúde. Durante audiência da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Goiânia, a vereadora Kátia (PT) apontou as ações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), alegando falta de transparência na aplicação dos recursos e o não cumprimento das 77 metas entre as 128 estipuladas para 2023. “Ou seja, a secretaria atingiu apenas 33% das metas do ano. É uma eficácia muito baixa”, destacou a parlamentar.
Além de Kátia Maria, a vereadora Aava Santiago (PSDB) mostrou que a SMS gastou R$ 12 milhões em armadilhas e inseticidas contra o mosquito transmissor da dengue e suas larvas. Segundo a parlamentar, a compra foi feita de empresa já acusada de superfaturamento em licitações em outros municípios.
Conforme a prestação de contas da Saúde, a Prefeitura utilizou 21,40% de recursos próprios na área, sendo um índice acima dos 15% previstos pela Constituição Federal. As despesas com a pasta totalizaram R$ 1.954.492.752,83, sendo 55,6% provenientes do tesouro municipal. Já os outros 44,4% correspondentes a R$ 828.495.712,99 foram repassados pela União e pelo Estado para o financiamento da área da saúde em Goiânia.
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