Estados e municípios têm atribuições diferentes e claramente definidas por lei quando o assunto é Saúde pública. Os estados cuidam do atendimento de média e alta complexidade. Os municípios são responsáveis pela baixa complexidade. Mas o que acontece quando o município se recusa a dialogar com o Estado por razões políticas, como acontece em Goiânia? O caos predomina. O engenheiro Luiz Bittencourt (PTB), pré-candidato a prefeito, afirma que o primeiro passo para resolver o problema é o diálogo. Parece óbvio, mas não é.
A falta de comunicação entre dois entes federados causa prejuízos graves à população. Tome, como exemplo, o que acontece na regulação – que é a transferência de pacientes que dão entrada nos Cais, com problemas de média ou alta complexidade, e precisam ser transferidos para os hospitais da rede estadual. A regulação é feita pelo município, e quando acontece de o diálogo se contaminado por diferenças partidárias o resultado é sempre negativo.
Atualmente, a situação da Saúde pública em Goiânia é a seguinte: os hospitais da rede estadual alcançaram ótimo nível de excelência com a gestão por OS, notadamente o Hugo, o HGG, o HDT e o Hugol. Mas os Cais e postos de saúde da rede municipal não acompanharam a evolução. Na verdade, o padrão de atendimento nessas unidades regrediu. Tanto a infraestrutura quanto o atendimento em si pioraram muito nas gestões do ex-prefeito Iris Rezende e do prefeito Paulo Garcia.
“A prefeitura tem de pagar um bom salário aos médicos e enfermeiros, tem de dar treinamentos e ter suas instalações operando de acordo com as demandas da vigilância sanitária, seguindo as regras. Temos de investir nisso com inteligência. Planejar para conseguir dar este primeiro atendimento ao paciente de maneira adequada. E ter, claro, a parceria com o estado, com o governo federal, nas outras ações que interferem na vida das pessoas”, diz Bittencourt.
O engenheiro conta que, há pouco tempo, visitou alguns Cais de Goiânia e ficou assustado com o que viu. “A situação que encontrei é um verdadeiro absurdo, um caos. Falta o sabonete para o médico lavar as mãos, faltam os remédios, as seringas, as luvas. O quadro é preocupante. O problema não é a falta de recursos, mas a má administração. Nós pagamos os maiores impostos do Brasil, como podem faltar recurso?”, pergunta o pré-candidato.
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