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Cidades
| Em 3 meses atrás

Santa Casa de Goiânia aguarda repasse de R$ 13,6 milhões pela Prefeitura desde julho, detalha superintendente

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A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda aguarda os pagamentos dos repasses de verbas da Prefeitura de Goiânia referentes aos meses de março e de julho. Ao Diário de Goiás, a Superintendente Geral do Hospital, Irani Ribeiro, detalha que a quantia em atraso já chega a R$ 13,6 milhões e a unidade enfrenta dificuldades financeiras em decorrência disso.

De acordo com Irani, a verba já foi enviada ao município pelo Governo Federal por meio de 12 emendas, no entanto, os valores não foram repassados pela Prefeitura, que insiste em não cumprir com as datas estipuladas nos acordos. “O dinheiro das emendas já está no município e eles não repassam para a gente. Assumimos um compromisso com esse recurso junto aos parlamentares, e começamos a fazer esse trabalho. Todos os dias pedindo e eles falam, “na próxima semana”. Desde julho, que eles se pactuaram conosco para repassar esse recurso”, descreve a diretora.

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Conforme Irani, atualmente, 96% dos atendimentos e dos leitos disponíveis dependem das verbas advindas do Sistema Único de Saúde (SUS), que são enviadas pelo Ministério da Saúde. “Nós trabalhamos no limite do nossos recursos. A Santa Casa depende muito do SUS”, acrescenta.

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A diretora pontua, ainda, sobre as diretrizes impostas pelo Governo Federal para os repasses dos recursos. De acordo com a portaria ministerial, o prazo para que o município repasse as verbas para as unidades é de cinco dias após o recebimento, no entanto, a unidade ainda aguarda pela quantia referente ao mês de março deste ano. “Nós não recebemos ainda o mês três”, expõe Irani.

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De acordo com ela, os valores recebidos nos meses anteriores, que ainda não foram repassados, deveriam ser pagos com o equivalente aos juros. “Se esse dinheiro fica na Prefeitura, ela tem que aplicar esse dinheiro e passar para nós aplicado. E isso nós não recebemos”, pontua.

Irani descreve que, além da tabela de valores do SUS estar defasada em relação aos valores de mercado, ainda enfrentam as dificuldades de não receberem e terem que custear com recursos próprios. “Estamos trabalhando com muita dificuldade, principalmente na área de cardiologia, na área de cirurgia vascular, em que nós somos referência do Estado de Goiás. Porque nós precisamos de órgãos, de próteses e, hoje, os valores estão acima do que nós recebemos do SUS. Além de não ter recebido para podermos comprar, eu ainda tenho que comprar mais caro e eu não estou recebendo essa diferença”, afirma.

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Por fim, a diretora da Santa Casa destaca que se agarra a esperança de que a futura gestão salde a dívida com a unidade de saúde e se comprometa a regularizar os pagamentos pendentes da gestão atual. “Vamos ver se o próximo prefeito reconhece essa nossa dificuldade”, diz Irani.

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.