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Cidades
| Em 1 ano atrás

Saneago detecta furtos e irregularidades que prejudicam sistemas de abastecimento de água

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A Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) detectou inconformidades que causam perda de água e comprometem a qualidade dos serviços oferecidos para a população ao reduzir a eficiência dos sistemas de abastecimento. Por meio de nota publicada no portal oficial da Saneago, foi informado ainda que os problemas ocasionam sobrecarga e prejuízos financeiros para a Companhia.

Segundo a Saneago, Goiás é o Estado com menor índice de perdas de água na distribuição do Brasil e que a Companhia trabalha para continuar reduzindo estes números. Um dos serviços que buscam a redução é a identificação de irregularidades e consumos não autorizados.

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Dentre as irregularidades encontradas estão ligação clandestina; intervenção no ramal ou padrão antes do hidrômetro, chamado de by-pass; violação e adulteração de hidrômetro; retirada de hidrômetro à revelia; inversão de hidrômetro; violação dos lacres do hidrômetro; fusão de ligação; intervenção no ramal predial ou padrão, para instalação dispositivos; e depredação das instalações públicas.

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A Saneago ainda listou as cidades com maior quantidade de irregularidades detectadas, considerando o período de janeiro a agosto deste ano. Dentre as cidades estão:

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  • Goiânia: 1.237
  • Rio Verde: 573
  • Águas Lindas de Goiás: 503
  • Aparecida de Goiânia: 482
  • Trindade: 451

Se analisados os furtos de hidrômetro, Goiânia se destaca com 2.669 registros no mesmo período. O número registrado é cerca de 5 vezes maior que no mesmo período do ano passado, que foi de 599.

Penalidades

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As irregularidades são detectadas pela Saneago por meio de análise de consumo direcionado, investigação de contas retidas automaticamente para análise de consumo e execução de serviços in loco, além de denúncias recebidas.

“Se for detectada, há a coleta de evidências, cadastro no sistema, retirada da irregularidade e notificação do usuário. Logo após, a penalidade pecuniária é calculada automaticamente, de acordo com as regras aprovadas na Resolução Normativa número 162/2019, da Agência Goiana de Regulação (AGR). O documento estabelece como base de cálculo duas vezes a estimativa de consumo, somada ao valor fixo de R$ 89,43”, destaca a Saneago.

Além disso, caso a irregularidade tenha induzido ao erro de faturamento será realizada a revisão, com base nas diferenças entre os valores apurados e os efetivamente faturados. “Se na ação houve ainda a depredação do patrimônio público (rede, ramal, poço de visita), caberá ao usuário, além do pagamento da penalidade pecuniária, arcar com os custos de recuperação. Este valor é lançado na próxima referência, após o levantamento do montante despendido”, explica a Companhia.

De acordo com a Saneago, entre janeiro e agosto foram identificadas 6.595 irregularidades no sistema e que a identificação e correção das situações gerou a recuperação de cerca de R$ 6,2 milhões para a Companhia, sendo este o “valor destinado à manutenção, reforço e expansão dos sistemas de forma geral”.

Furto

Um outro fato que prejudica ao abastecimento de água é o furto de equipamentos. “As ocorrências de vandalismo em unidades da Saneago prejudicam a prestação dos serviços e causam não só danos patrimoniais e financeiros, mas, sobretudo, provocam a interrupção do fornecimento de água, afetando a rotina de milhares de usuários, dentre residências, comércios e indústrias”, explica a Companhia.

Segundo a Saneago, as regiões mais prejudicadas são a Região Metropolitana de Goiânia e as cidades do Entorno Sul do Distrito Federal.

“Para reduzir as ocorrências de furto e vandalismo, a Companhia busca alternativas, como: substituição de fios de cobre por alumínio; concretagem dos eletrodutos subterrâneos; reforço das portas com cadeados e trancas inteligentes; gradeamento das portas e janelas; reforço das estruturas metálicas e de alvenaria; soldagem dos quadros de comando; e intensificação da vigilância noturna. A expectativa, com isso, é reduzir tanto a necessidade de manutenções corretivas quanto a intermitência no abastecimento dos bairros atendidos pelos referidos sistemas”, afirmou.

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Maria Paula

Jornalista formada pela PUC-GO em 2022 e MBA em Marketing pela USP.