05 de dezembro de 2025
PERSISTÊNCIA

Sandro Mabel descarta aterro privado e defende recuperação do lixão de Goiânia

Prefeito afirma que aterro da capital é estável e receberá investimentos em tratamento de chorume, aterro está sem licença ambiental,
Prefeito afasta risco no aterro de Goiânia e mantém intenção de recuperar local - Foto: Arquivo
Prefeito afasta risco no aterro de Goiânia e mantém intenção de recuperar local - Foto: Arquivo

O desastre ambiental no lixão de Padre Bernardo despertou preocupações sobre a situação do aterro de Goiânia, mas nesta quarta-feira (25), o prefeito Sandro Mabel reiterou que não tem qualquer plano de desmobilizar a utilização do aterro. Muito menos o prefeito pretende utilizar aterros particulares, embora o da capital tenha perdido sua licença ambiental. Mabel insiste que o local tem estabilidade para ser recuperado e que não está sujeito a desmoronamento como ocorreu em Padre Bernardo.

Em entrevista à Tv Anhanguera, o prefeito descartou alugar um aterro particular em Guapó ou em Aparecida de Goiânia, e mandar para lá o lixo gerado na capital, possibilidade que ele rejeita desde que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semad) solicitou o embargo do aterro. A secretária Andrea Vulcanis já apontou risco de explosão no aterro de Goiânia e alertou para a dimensão da pilha de rejeitos, que alcança 100 metros de altura.

O prefeito insiste que o lixão da capital será um aterro sanitário exemplar com investimentos que planeja para o local. Também vem destacando que gastar com um aterro privado e descomissionar o da capital é algo fora de questão por envolver gastos diversos: a desativação do aterro atual, aluguel de um substituto e construção de um novo.

“Aterro privado é um assalto”, reclama Mabel

“Eu não tenho como pagar R$ 10 milhões para um aterro privado. Isso é um assalto que é feito. Isso é uma armação que estão fazendo aqui no Estado, para colocar esses aterros privados, que são protegidos aí não sei por quem, e querem que os municípios depositem o seu lixo nesses aterros”, reclamou.

O prefeito destaca que especialistas fizeram testes que garantiram que o aterro tem estabilidade. “Não vai acontecer um deslizamento”, afiança. Por outro lado, ele reconhece que o local tem problemas. “É um aterro que sempre foi muito judiado, ele precisa ser cuidado, isso é o que nós estamos fazendo”.

A presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), Zilma Peixoto já assegurou que a situação do aterro hoje permitiria uma vida útil por mais dois anos aproximadamente.

Tratamento do chorume

Sandro Mabel frisou que a Prefeitura está comprando uma unidade de tratamento de chorume. A geração do líquido contaminante é um dos grandes problemas dos aterros e lixões. Essa unidade, segundo ele, vai tratar 300 metros cúbicos, 300 mil litros de chorume por dia.

O prefeito classificou o equipamento como uma tecnologia super moderna que permitirá um nível de tratamento, desmineralização e filtragem tamanho que pretende “tomar um copinho de água que sair de lá”.


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