O projeto que reajusta o salário dos professores da rede estadual de ensino foi aprovado em primeira votação na Assembleia Legislativa de Goiás, na sessão de quinta, 25. E ficou como o governo Marconi Perillo queria: reauste de 7,97% retroativo a janeiro para professores PI e PII e a partir da publicação da Lei para os professores PIII e PIV.

 

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A apreciação da matéria foi marcada por polêmicas. Antes da votação começar, em um corredor da casa parlamentar, por cerca de 15 minutos os deputados Fábio Souza (PSDB), Mauro Rubem (PT), Isaura Lemos (PC do B) e a presidente do Sintego, Ieda Leal, conversaram sobre o assunto.

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O Peessedebista argumentava com os demais a necessidade do projeto ser aprovado para garantir o pagamento com reajuste já no próximo mês, com a garantia de continuar as negociações.

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Já os demais queriam convencer o líder do governo para que o projeto fosse votado somente na semana que vem, para que assim desse mais tempo para tentar um acordo com o governo relativo à retroatividade dos níveis P3 e P4.

TENTATIVA

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Após muita conversa, nenhum acordo. Em plenário, Durante as discussões da matéria, o deputado Humberto Aidar (PT) solicitou verificação de quórum. Ele e os deputados da oposição saíram do plenário para tentar barrar a votação. O deputado Luis César Bueno do PT acreditava que a manobra pudesse ter resultado.

A manobra da oposição não deu certo, já que o presidente da Assembleia, Helder Valin, (PSDB) assegurou a realização da votação. Para votar o projeto é necessária a presença de 21 parlamentares em plenário. 20 deputados da base votaram o projeto e o aprovaram, concedendo o aumento e retroativo apenas para os níveis P1 e P2.

Durante as discussões da matéria, o deputado Humberto Aidar (PT) solicitou verificação de quórum. Com sua presença, foram computados 21 votos em plenário, uma vez que a bancada de oposição se ausentou.

OS NOMES

Confira a lista dos parlamentares que garantiram o quórum em plenário: Daniel Messac (PSDB); Fábio Sousa (PSDB); Helder Valin (PSDB); Iso Moreira (PSDB); Júlio da Retífica (PSDB); Marcos Martins (PSDB); Nédio Leite (PSDB); Túlio Isac (PSDB); Ademir Menezes (PSD); Doutor Joaquim (PSD); Francisco Jr. (PSD); Frederico Nascimento (PSD); Gracilene Batista (PTB); Talles Barreto (PTB); Helio de Sousa (DEM); José Vitti (DEM); Cláudio Meirelles (PR); Carlos Antonio (PSC); José de Lima (PDT) e Elias Jr. (PMN).

Destes, o deputado Elias Júnior votou contra o projeto. O deputado Humberto Aidar (PT), cuja presença foi registrada, em razão de ter solicitado a verificação de quórum, se absteve de votar. Já o presidente Helder Valin, conforme o Regimento Interno, só vota em caso de empate no placar. Portanto, a matéria teve 18 votos favoráveis.

Segundo o presidente Helder Valin, como Humberto Aidar solicitou verificação de quórum a presença dele também foi computada. O deputado Bruno Peixoto (PMDB) reclama que a aprovação do projeto se deu de forma irregular.

PROTESTO

Por conta das manifestações, a sessão foi suspensa em algumas oportunidades. A presidente do Sintego, Ieda Leal, descreve que os professores entrarão na justiça para tentar reverter a situação.


(Foto: Marcos Kennedy/ALEGO)

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