Falta pouco para a chegada de 2024 e a expectativa está grande para as festas nessa virada de ano. Porém, para evitar que a festa se transforme em tragédia é preciso ter cuidado no manuseio com os fogos de artifício. Amados ou odiados, e mesmo que silenciosos, os fogos que colorem os céus, se malconservados ou manuseados da maneira errada, causam lesões, danos ao patrimônio e até mortes.
Entre os cuidados está a preocupação com as queimaduras. O coordenador do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), o médico André Toshiaki Nishimura, explica que quanto menos doloroso, mais grave o ferimento, ao contrário do que se poderia supor. Além disso, as partes do corpo mais atingidas por quem solta fogos de artifício são o rosto e as mãos.
Em caso de acidente, o especialista indica que a vítima busque lavar a região, com água corrente, e a envolva com um pano limpo ou um filme plástico. Toalha, por exemplo, não é uma boa alternativa. “A primeira coisa é esfriar a região, porque o resquício de pólvora pode continuar queimando”, esclarece.
A pessoa queimada deve procurar atendimento médico imediato, até porque os ferimentos podem atingir regiões sensíveis, como os olhos, o que exige encaminhamento a especialistas. O coordenador do CTQ destaca que o tratamento de lesões provocadas por fogos de artifício geram um alto gasto. “O paciente fica internado, geralmente, por uns três meses e é operado de quatro a seis vezes. Isso, na rede privada, bate a casa do R$ 1 milhão”.