O verão se aproxima e, com ele, o aumento da exposição solar. Seja na praia, na piscina, ou até mesmo no dia a dia, especialmente nesta época do ano, os cuidados devem ser redobrados em relação ao sol. No verão, a emissão dos raios ultravioleta, UVA e UVB, crescem, aumentando a radiação solar, nociva para a nossa pele.
Nesta estação é muito comum que as pessoas se exponham mais aos raios solares, tanto em contato direto com banho de sol, quanto pelas roupas mais frescas e arejadas, que deixam o corpo mais à mostra. Por isso, é importante reforçar a proteção com barreiras químicas e físicas. Além dos riscos de insolação, os raios solares podem causar queimaduras graves e aumentar as chances de desenvolver câncer de pele.
De acordo com a médica dermatologista, Bárbara Alvim, para lugares quentes, como em Goiânia, a recomendação é utilizar protetores solares com fator de proteção maior que 30. “Aqui em Goiânia, a gente sempre indica um protetor que seja acima de 50, por causa do fator mesmo e porque aqui é muito quente. Para sol muito forte, quanto maior o filtro, melhor”, detalha a médica. A dermatologista reforça também a importância de usar proteção física, uma barreira a mais contra os raios solares. “Usar também os protetores físicos que são bonés, viseiras, óculos, camisas e roupas com proteção solar também são muito importantes nesse tipo de exposição”, acrescenta.
Se estiver na praia ou na piscina e a intenção for pegar um bronze, a dermatologista alerta: “Bronzeador não indico, porque a pessoa até está aumentando a sua exposição solar com um bronzeador”. A indicação da médica para quem deseja pegar uma corzinha sem correr riscos é utilizar autobronzeadores, que pigmentam a pele superficialmente dando aquele ar de saúde, sem queimar nem trazer danos aos tecidos celulares. “Eles fazem o papel como se tivesse tomado um sol, mas é um bronzeador artificial”, explica Bárbara.
Em relação ao uso do protetor, Bárbara explica que a proteção solar só é eficaz quando aplicada na quantidade e no intervalo de tempo correto. “O protetor solar deve ser reaplicado a cada três horas ou pelo menos três vezes ao dia. De manhã a primeira aplicação, que é a mais importante de todas, depois na hora do almoço e depois no meio da tarde”, aconselha.
Antes de passar o protetor, principalmente se for um protetor facial, se atentar a ordem certa dos produtos. No skincare básico, o protetor solar é sempre o último passo. “O protetor solar é sempre a última coisa que a gente aplica. Então, geralmente, a gente indica um sabonete próprio para sua pele, um hidratante e depois o protetor solar”, descreve.
Na proteção do rosto, um detalhe pode aumentar ainda mais a proteção. “Na hora de comprar o protetor solar, sempre é preferível comprar um com cor, porque é a cor que vai nos proteger da luz. A luz do sol, a luz do computador, a luz de dentro de casa, do escritório, a luz do celular”, explica a especialista, acrescentando que o protetor solar com cor fornece, além da barreira química, também uma barreira física contra os raios solares diretos.
Na reaplicação, alguns cuidados são essenciais para manter a eficácia do produto. A quantidade recomendada segue uma regrinha básica para facilitar o entendimento e a dosagem: a regra dos três dedos. Uma linha fina correspondente ao tamanho de um dedo indicador para cada área do rosto é suficiente, mas isso pode variar de pessoa para pessoa e para cada tipo de produto. “A regra dos três dedos utilizamos bastante, mas depende do tamanho do rosto e do dedo da pessoa”, detalha a especialista.
Bárbara dá algumas dicas simples para reaplicação sem preocupações. “Na reaplicação você não precisa lavar o rosto, não precisa lavar as partes expostas para reaplicar, você só vai fazer a reaplicação direto. E hoje em dia, a gente tem, por exemplo, protetor solar em forma de pó compacto, que você já pode fazer com eles a reaplicação e com isso, não tem problema se está de maquiagem”, explica a dermato. Se a reaplicação for no corpo, é mais simples ainda, somente depositar o produto e espalhar normalmente, como se fosse um reforço por cima da camada inicial aplicada anteriormente.
Na hora de escolher o protetor solar, em meio a tantas opções, Bárbara elabora que há alguns detalhes que são indispensáveis para observar: fator de proteção, textura e indicação para tipo de pele. “Na hora de comprar, prestar atenção na indicação para tipo de pele. Uma pele mais oleosa, você vai escolher um que seja oil-free, que tem um toque mais mate, mais seco. Uma pele mais seca, você vai escolher um que já venha com ativos hidratantes”, explica.
Nesse sentido, pensando na escolha ideal para cada tipo de pele, é importante consultar antes um médico dermatologista, para que ele indique a marca e o tipo de protetor mais adequado para o seu tipo de pele específico, de modo a evitar surgimento de espinhas e aumento da oleosidade, por exemplo. “É importante procurar um dermatologista para indicar o melhor para o seu corpo, porque às vezes a pessoa tem uma pele mais acnéica, uma pele mais seca, e aí a gente sabe indicar um filtro melhor para esse tipo de pele”, pontua Bárbara.
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