O governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) realizou uma reunião na tarde desta segunda-feira (3) na Casa Branca, no Setor Marista, em Goiânia, uma reunião com o empresariado goiano. Participaram o senador eleito Vanderlan Cardoso (PSB), o presidente da Assembleia Legislativa, José Vitti, o prefeito do município de Catalão, Adib Elias, entre outras autoridades.
Em entrevista após a reunião, Caiado afirmou que o encontro foi positivo e com alguns pontos de entendimento.
Leia a entrevista:
Estamos evoluindo bem. Avançamos bastante. Foi uma reunião boa, conseguimos já chegar a alguns pontos de entendimento. Agora acredito que até amanhã o processo já chegue em sintonia total.
Quais as propostas que os empresários trouxeram?
Cada um tem a sua posição, mas estamos convergindo. Convalidando os incentivos e buscando, também, o reajuste para que a gente consiga sobreviver diante dessa situação crítica fiscal do Estado de Goiás neste momento.
A proposta é fazer algumas reduções pontuais em alguns segmentos?
Exatamente. Está sendo feito um trabalho, um estudo sobre cada setor… tem-se buscado uma alternativa diante dessa capacidade. Mas em hora alguma fazer com que o setor não seja competitivo em relação a outros Estados da Federação.
A redução linear então está descartada?
Vai ter a redução. Mas a redução está sendo calibrada setor por setor. Goiás não vai deixar, de maneira alguma, de ser competitivo. Nem vai deixar de ser o estado que mais dá incentivos do país. Essa é a realidade.
Os empresários estão desenhando um cenário de que vão deixar o estado. O senhor tem essa preocupação?
Não. De maneira alguma. O clima não foi esse. O clima foi de muita esperança, de muito ativismo… Tá certo?! E nós precisamos de mostrar agora o que o Estado está fazendo, até para que eu possa junto ao Governo Federal, junto ao Ministro da Fazenda do próximo governo, dizer da necessidade nossa em poder negociar situações que hoje estão inviabilizando o Estado de Goiás. O Estado de Goiás, por não cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, está sendo duramente penalizado, sendo impedido de contrair empréstimos… sem alternativa para o colapso atual de não ter fonte para sequer pagar funcionário público. Então nós temos que dar um bom exemplo aqui e buscar uma renegociação lá no Governo Federal.
Esse diálogo, de certa forma, altera algum detalhe do relatório de Lívio Luciano na restituição dos incentivos?
Não. A restituição dos incentivos está convalidada. E nós vamos ter, também, dentro de uma análise que eu disse anteriormente, que cada setor vai ter uma parcela, maior ou menor, de acordo com aquilo que o Estado concedeu no decorrer desses anos.