19 de novembro de 2024
Greve

Rogério Cruz encaminha projeto com reajuste de 10,16% para Educação, já rejeitado pelos professores

Texto prevê aumento que não foi acatado em assembleia da categoria, mas prefeitura diz que não pode subir valor sem comprometer contas
Prefeito Rogério Cruz assina projetos de lei. (Foto: Secom Goiânia)
Prefeito Rogério Cruz assina projetos de lei. (Foto: Secom Goiânia)

O prefeito Rogério Cruz vai encaminhar à Câmara Municipal de Goiânia, nesta quarta-feira (6), projeto de lei que reajusta em 10,16% os salários dos professores. Essa proposta, entretanto, foi rejeitada pelos servidores da Educação em assembleia na última segunda-feira (4).

Segundo o Paço, a proposta vai permitir que todos os professores ganhem salários acima do piso. Porém, tanto o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) e o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação (Simsed) pedem os 33,24% definidos por decreto do governo federal.

O texto aumenta em 50% os auxílios de locomoção e de transporte dos professores, cria o mesmo benefício para os servidores administrativos da Educação, e reajusta em 10,16% a Gratificação de Regência de Classe, que é direcionada aos professores que atuam em sala de aula.

Com esses benefícios, o auxílio locomoção dos professores passa a ser R$ 675, e a gratificação de regência será reajustada para R$ 605 por mês. Destarte, todos, de acordo com os cálculos do Paço, receberiam pelo menos R$ 4.255 por mês.

A prefeitura já havia dito, durante as negociações com o Sintego, que havia chegado ao valor máximo. O argumento é que o município não pode propor reajustes além desse valor para não comprometer as contas. Atualmente, o piso nacional é de R$ 2.870 para 30 horas semanais, conforme definição do governo federal.

Sem acordo, todavia, os professores já estão em greve há 23 dias. O Simsed, inclusive, avalia medidas judiciais para pressionar o Paço.

Mais projetos

Outro projeto trata do pagamento de reposição salarial de 9,32% aos servidores municipais, referente à data-base de 2020 e 2021, a partir de 1º de abril de 2022.

Segundo Rogério Cruz, a reposição salarial dos servidores ativos, inativos, pensionistas e agentes políticos do Poder Executivo foi objeto de ampla avaliação e discussão.

O terceiro projeto de lei concede reajuste aos servidores operacionais da administração pública municipal direta e indireta, Guarda Civil Metropolitana (GCM) e procuradores do município. A proposta também prevê o pagamento do vale-alimentação no valor de R$ 400 aos servidores especificados.

A implantação do regime de subsídio para procuradores do município e GCM garante a remuneração em parcela única, o que veda o acréscimo de gratificação, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. Quanto aos cargos do grupo operacional, a proposta prevê o reajuste da tabela de vencimentos da carreira.

Ainda essa semana será enviado plano de carreira para operacionais e agentes de endemias (ACS e ACE).

De acordo com o prefeito, os reajustes “são justos e adequados, uma vez que compatíveis com a complexidade das atribuições das respectivas carreiras, e garantem a sustentabilidade orçamentária futura”.

Ainda segundo Rogério Cruz, “trata-se do reconhecimento ao trabalho destes servidores, além da preocupação com a reorganização e modernização da administração pública, sem deixar de lado a responsabilidade com o erário”.


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