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Política
| Em 2 meses atrás

Rogério Cruz diz que monotrilho é solução para a mobilidade de Goiânia

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O prefeito de Goiânia e candidato à reeleição, Rogério Cruz (Solidariedade), foi o entrevistado da Rádio Bandeirantes, na manhã desta quarta-feira (11), em parceria com o Diário de Goiás. Ao editor-chefe deste veículo, o jornalista Altair Tavares, e aos apresentadores Fred Silveira e Larissa Dourado, o gestor apresentou as principais propostas para o pleito.

Em destaque, citou a criação de um monotrilho, considerada por Cruz “a solução para a mobilidade de Goiânia”. O prefeito apontou os motivos pelos quais não é adequado implantar, na cidade, serviços de transporte como um metrô, e elencou os benefícios da proposta em questão.

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Trata-se, conforme Cruz, de um transporte elétrico e suspenso, com velocidade de até 60 km/h, que ajudaria a reduzir congestionamentos e viabilizar um menor impacto ambiental. A proposta prevê duas linhas principais, sendo uma ao longo da Avenida Anhanguera, com uma extensão de 10 a 14 km, e outra ligando o Aeroporto Santa Genoveva à Rodoviária, com cerca de 9,5 km.

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“O monotrilho é um projeto muito simples. Porém, a Prefeitura precisa fazer ou dar a capacidade de que empresas e tenha parceria pública ou privada para assumir esse compromisso. O projeto não está distante dos nossos olhos, não. Você vai lá no Rio, você vai no Rio e São Paulo, você vê hoje em São Paulo, por exemplo, a construção sendo feita naquele momento. Porque são estacas pré-moldadas, são colunas pré-moldadas e tudo isso dá garantia de sustentabilidade e segurança e também rapidez”, pontuou. 

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Dentre os benefícios do projeto, o candidato citou: “Não enfrenta cruzamento, não enfrenta semáforo, só vai parar nas estações. Então, isso é um projeto que está no meu plano de governo, foi apresentado no TRE, está registrado e ,sendo reeleito, claro que vamos trabalhar com parcerias públicas e privadas para que isso aconteça em Goiânia”.

Confira, abaixo, a entrevista em sua íntegra:

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Fred Silveira: Bom, a gente está recebendo o prefeito Rogério Cruz, candidato à reeleição, ele é do Solidariedade. Candidato, bom dia!

Rogério Cruz: Bom dia, Fred. Bom dia, Larissa. Bom dia, Altair. Altair está me seguindo, viu? Mas é importante ter a participação do Altair, porque é uma pessoa experiente, tenho certeza, que tem colaborado bastante. E a todos os ouvintes da Rádio Bandeirantes.

Fred: Bom, eu quero começar sendo justo. Ontem eu estava aqui com o Altair, os ouvintes também. Hoje eu quero deixar nas mãos da nossa Larissa, para que ela inicie, então, a nossa rodada de perguntas e sabatinas aqui. Larissa, fica à vontade.

Larissa: Prefeito, também candidato à reeleição, a gente quer saber a respeito, por exemplo, sobre a urbanização da cidade e o que tange à limpeza da cidade. Por exemplo, foram feitas nesse atual governo do senhor agora algumas adequações, contratos com empresas, mas o que a gente quer saber é se no próximo plano, nos próximos quatro anos, caso reeleito, o que isso ficará realmente também na prática. Porque a gente tem visto, teve muitos problemas com a questão do recolhimento do lixo, questão da urbanização, até mesmo de incêndios e outras situações que provocaram certa insatisfação à população de Goiás.

Rogério Cruz: Bom, Larissa, é claro que nós temos a garantia de que, através do contrato que foi feito com o Consórcio LimpaGyn, eles precisam respeitar o contrato e, com certeza, trazer resposta para a cidade. É o primeiro ponto. Segundo ponto, a Comurg é um problema que já vem de anos. Isso, a Comurg é um problema da gestão Rogério. Isso é um problema que já vem de anos. Agora, eu posso dizer, com certeza, sem medo de errar, que eu sou o prefeito que estou dando os passos, os primeiros passos, para que nós possamos fazer o ajuste da coleta de lixo em Goiânia. A partir do momento em que a Comurg foi criada, em 1973, ela foi criada para urbanizar a cidade, não para coletar lixo. Prova disso é que tivemos algumas gestões lá atrás, passadas, que existia a Comurg e existia a empresa de coleta de lixo, a empresa privada. Então, eu estou dando os primeiros passos para que a Comurg também tenha a oportunidade de fazer o serviço que ela presta para a Prefeitura de Goiânia através de um contrato, que é urbanizar a cidade. E o Consórcio Limpa Gyn cuide, então, da coleta de lixo. É dividido os trabalhos. E lembrando que, quando a Limpa Gyn assumiu esse contrato, ela assumiu primeiro por regiões. E as regiões que iniciaram esses trabalhos, hoje já está tudo legalizado. Claro, temos ajustes a fazer ainda em outras regiões? Temos.

Não estou dizendo que a Limpa Gyn entrou e já está resolvendo o problema, não. Isso é uma forma de adaptação, como a Limpa Gyn está se adaptando ainda em outras regiões, como Goiânia é muito grande, eles estão se adaptando em regiões. A questão da divisão de serviços está muito bem feita nos contratos.

A Limpa Gyn tem o contrato dela, serviço prestado à população goianiense, como também a Comurg tem o seu contrato com a prefeitura, fazendo o serviço dela com a urbanização da cidade. Agora, o primeiro passo eu dei, e vamos continuar dando, porque se eu fiz, se eu dei o primeiro passo, com certeza terei condições de dar o segundo, o terceiro, e o que for necessário ser dado para que possamos manter a nossa cidade limpa, porque eu sempre digo, Goiânia é a minha casa, Goiânia é a nossa casa, e ninguém quer ver a casa suja.

Altair Tavares: Prefeito, dentro desse tema, daqui a pouco eu queria tratar uma outra questão do trânsito, mas o Tribunal de Contas dos municípios está impondo uma obrigação para a prefeitura em termos de gestão de contas. Eu queria que o senhor explicasse, por gentileza. Os prefeitos estão falando que querem fazer, vamos recuperar a Comurg, só que a partir do ano que vem tem uma obrigação em relação às contas. Qual é?

Rogério Cruz: Olha, nós temos trabalhado muito em cima disso, tecnicamente falando, nós estamos falando de números. A prefeitura tem os seus números. E é importante que as pessoas saibam que os números da prefeitura têm que ser respeitados. A prefeitura… Eu estou hoje na prefeitura, estou hoje gestor da cidade, e sei os números que a prefeitura tem condições de fazer ou não fazer. Agora, se outros vêm prometendo mundos e fundos, aí eu não posso falar nada. Eu falo por mim e pelo trabalho que eu tenho feito na prefeitura.

Altair: Mas focando no TCM.

Rogério Cruz: Não, então, é isso que eu vou chegar. Porque o TCM hoje está tomando atitudes ou ações em cima daquilo que outros candidatos estão colocando no seu plano de governo. Hoje, por exemplo, nós temos uma situação que está no TCM a ser decidido que é a questão entre a prefeitura e Comurg. Se a Comurg pertence ou não à prefeitura. O orçamento da prefeitura. Exato. Se entra ou não. Agora, é claro, tem os números que eles precisam ter conhecimento. Nós já mandamos para eles os números da prefeitura.

Já mandamos os números da Comurg. E a Comurg é uma empresa sociedade mista. Ela é uma sociedade mista. Está no documento dela. Está no processo da Comurg. E a Comurg tem contrato com a prefeitura. Então, se o TCM decidir e nós ficarmos parados, não. O TCM pode decidir. Mas a prefeitura vai fazer as ações que forem necessárias para defender que a Comurg não é dependente da prefeitura.

Altair Tavares: Ainda sobre esse contrato. Por que a prefeitura esconde o contrato com o LimpaGyn, conforme reclamou aqui nessa cadeira que o senhor estava, o candidato Sandro Mabel disse que não consegue encontrar o contrato.

Rogério Cruz: O contrato está aberto para todo mundo ver. Está dentro do transporte da transparência. E todos acompanharam o processo desde muito. Aliás, talvez o candidato não saiba que para fazer o contrato com o consórcio Limpa Gy, nós sentamos, eu com a Procuradoria-Geral, Com a Controladoria-Geral do município, sentamos com o Ministério Público, sentamos com o TCM, inclusive a maior prova que nós temos foram três ações que entraram no TJ e nós ganhamos. Nós ganhamos no TJ, na Justiça. Tentando bloquear o contrato. Então, se o TJ, se o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, aprovou o contrato, então quem é o candidato para dizer aqui que está errado?

Fred: Candidato, eu estava estudando o seu plano de governo ontem, e hoje pela manhã também, eu vi aqui que o senhor idealiza um monotrilho na Avenida Anhanguera e também um monotrilho no Aeroporto rodoviário. A gente está falando de mobilidade em Goiânia, que é um dos grandes problemas que Goiânia enfrenta de forma geral. E é um problema que ninguém consegue resolver, embora todo candidato tenha essa pauta no seu plano de governo. O senhor fala sobre esse monotrilho. Como é que o senhor pensa em fazer isso, já que a gente sabe que, por exemplo, no governo de Marconi Perillo, ele tinha feito, inclusive, esse estudo, e se viu que não era viável para a Goiânia. Nós temos aí o BRT, que foi estendido por 10 anos, o senhor conseguiu agora concluir parte desse BRT, e aí a gente quer saber como que isso é viável, como fazer isso se tornar uma realidade. Porque toda vez que se fala disso, se fala de uma fantasia que parece distante da realidade de Goiânia para a nossa mobilidade. 

Altair Tavares: E já tivemos candidatos falando em metrô no Eixo Anhanguera. Metrô no eixo Anhanguera e coisas muito similares. E sobrou o BRT que, na prática, que não vira.

Rogério Cruz: Fred, esse ponto, essa questão de mobilidade, eu posso falar tranquilamente. Desde o início, aliás, em 2014, eu acompanhei a campanha, como o Altair colocou aqui, de governo do Estado, e que um prometia o metrô. Só que isso já foi prometido também em outras campanhas atrás. E eu fui buscar essa informação. Na oportunidade que eu tive em São Paulo, eu conversei com um técnico, um engenheiro que trabalha com questões de metrô, de perfurações e tudo. De solo. E ele me falou uma coisa que eu achei interessante. Goiânia, por exemplo, se eu quiser fazer um metrô em Goiânia, pode fazer em Goiânia? Pode. Agora, tem que saber quem terá coragem de investir num metrô em Goiânia. Por quê? O preço do metrô em São Paulo, por exemplo, vou dar um exemplo aqui, rápido para você entender, uma conta de padeiro. A cada um quilômetro, vamos dizer que em São Paulo custe um milhão. Um exemplo. São Paulo, um milhão. Vamos lá. Um quilômetro. Um quilômetro de escavação. Tá bom, vamos lá. Um bilhão. Goiânia custa três vezes mais.

Por causa do tipo de solo. Isso é um estudo. Inclusive, o estudo já foi feito anos atrás.

E eu conversando com esse técnico que soltou isso. Então, assim, hoje, uma das soluções para Goiânia é ser um monotrilho. Aí você pergunta, Fred, como fazer isso? Eu fui o prefeito que entreguei o BRT. Eu sou o prefeito que entreguei o BRT uma obra que começou lá atrás, de governos passados. E eu coloquei a determinação na mesa para que o processo fosse finalizado e que nós entregássemos. Entreguei o BRT. Claro, falta a fase 1, que é menor, e que entra em Aparecida, mas é responsabilidade da Prefeitura de Goiânia. Então, nós estamos já, inclusive, em fase final para uma nova contratação da empresa que vai assumir a fase 1. 

Bom, o monotrilho. O monotrilho é um projeto muito simples. Porém, a Prefeitura precisa fazer ou dar a capacidade de que empresas e tenha parceria pública ou privada para assumir esse compromisso. O projeto não está distante dos nossos olhos, não. Você vai lá no Rio, você vai no Rio e São Paulo, você vê hoje em São Paulo, por exemplo, a construção sendo feita naquele momento. Porque são estacas pré-moldadas, são colunas pré-moldadas e tudo isso dá garantia de sustentabilidade e segurança e também rapidez. Mas a Prefeitura pode, sim, trabalhar com a parceria pública e privada para fazer um projeto como esse, que é muito bonito. Vou dar um exemplo bonito e prático. Você hoje tem um BRT. O BRT hoje já alcançou uma velocidade a mais do transporte normal. Hoje estamos com 17 km por hora e, às vezes, fora de horário pico, chega a 19. Ok. O monotrilho pode chegar a 60 km por hora.

Imagine. Por quê? Não enfrenta cruzamento, não enfrenta semáforo, só vai parar nas estações. Então, isso é um projeto que está no meu plano de governo, foi apresentado no TRE, está registrado e ,sendo reeleito, claro que vamos trabalhar com parcerias públicas e privadas para que isso aconteça em Goiânia.

Altair Tavares: O quilômetro do monotrilho é qual ?

Rogério Cruz: Aí vai depender do tempo e da empresa que vai assumir. Isso é um assunto que tem que ser discutido mais pra frente conforme a parceria pública e privada que vai entrar conosco.

Larissa Dourado: Prefeito, a gente recebeu aqui a demanda do Leandro. Ele mora no setor Faiçalville, na Alameda Gilson Alves de Sousa, e disse que dos nove postos que tem lá nessa alameda, oito estão com lâmpadas queimadas desde dezembro de 2023. Ele está falando que tentou de todas as formas utilizar os canais da Prefeitura, e que até hoje não teve nenhuma resposta concreta, que é a resolução dessa questão da iluminação. Ele pediu gentileza para ter uma previsão junto ao senhor.

Rogério Cruz: Ô Leandro, bom dia, é um prazer você estar assistindo e acompanhando a nossa programação. Mas só para dizer o seguinte, todos acompanharam o processo da Justiça, que nos mandou autorizar, né, mandou nos suspender o contrato que tínhamos de iluminação, alguns meses atrás, e isso nos deixou aí prejudicados. Ficamos cerca de quatro meses sem ter a troca de iluminação, porque não tínhamos material. Suspendemos sim o contrato, fizemos uma nova licitação, a empresa já assumiu a homologação desse processo, desse contrato, e já está fazendo as trocas em Goiânia, em algumas regiões. Faltam apenas dois lotes fechar, que é a região, se não estou enganado, a região norte e a região leste, ainda falta fechar o lote, que é uma nova licitação que estamos fazendo agora. Mas as outras regiões já estão trabalhando, a empresa está trocando as lâmpadas que estão queimadas, infelizmente tivemos que ficar esses meses parados, porque a justiça mandou nos suspender o contrato, suspendemos, respeitamos a justiça, fizemos novo contrato, a empresa está trabalhando, com certeza, Leandro, vai chegar aí, tá bom?

Fred Silveira: Candidato, em novembro do ano passado, eu estive presente no lançamento do plano de revitalização do centro de Goiânia. Nós estamos falando de um projeto que já vai fazer um ano agora, em novembro deste ano. Mas pouca coisa se viu. Essa semana mesmo eu cheguei a comentar aqui com outros candidatos que eu ando muito ali no centro para fazer reportagens, eu estive no centro na segunda-feira e assim que eu desci do carro já fui abordado por vários comerciantes e empresários ali que disseram que esse projeto não saiu do papel. O que aconteceu? Por que esse projeto realmente não foi como seria? Porque eu me recordo muito bem, inclusive gravando com o senhor, é que era um projeto audacioso de levar a população para o centro, de voltar ou tentar voltar, pelo menos parte daquele grande movimento que era o centro de Goiânia. E aí a pergunta que eu faço para o senhor, o que aconteceu que o centro não pegou?

Rogério Cruz: Bom, primeiro que não saiu do papel porque o projeto ainda está na Câmara. Não tem como sair do papel. Mas já iniciamos algumas ações no centro, isso já foi demonstrado, inclusive, ontem mesmo eu passei no centro à noite, era por volta de nove, nove e meia da noite, e já vemos movimentos diferentes no centro. Por quê? Por causa da segurança que já está no centro. A nossa GCM tem atuado no centro de Goiânia, a nossa GCM que inclusive está com veículos novos, foram trocados os veículos da GCM, investimos na GCM para trazer segurança ao cidadão. E lá no centro você anda, por exemplo, eu estava passando ontem pela Rua 3, para pegar a Marginal Botafogo, devia ser umas nove e meia da noite, quando eu saí da última reunião, e o movimento está grande no centro, bares, restaurantes, lojas ainda, comércio, supermercado, lá o mercado, acho que não sou eu, Barão, aberto lá, falei, não tem problema não. Estava lá o mercado aberto, nove e meia da noite, e antes você não via isso. Então o movimento no centro já mudou, tem mudado, aos poucos. E é como eu falei lá no início, Fred, como eu falei lá no início da apresentação do projeto, isso aqui não é um projeto curto prazo, é curto algumas coisas, são atitudes que nós tomamos, como alguns eventos levamos para o centro, o Centraliza, a médio e longo prazo. Longo prazo é o quê? É justamente a finalização do projeto. Mas diga-se a todos que estão nos ouvindo, que inclusive já existe um comercial nas redes internets aí, nas redes sociais, é de um comercial de um empreendimento que já está investindo no centro. Investimento grande no centro da cidade. Por quê? As pessoas já começam a ver o centro com outros olhos. Então é importante que nós venhamos comunicar isso para as pessoas, que a maioria, a grande diferença do Centraliza é um projeto que vai de longo prazo. Mas o projeto ainda está na Câmara, está em discussão para que nós possamos. Tivemos sim audiências públicas, a última audiência pública foi muito interessante, foi muito importante, porque tivemos a participação da população, moradores do centro, como também empresários e comerciantes do centro. Mas, com certeza, ao sair da Câmara Municipal, para sair do papel, teremos muitas vantagens em apresentar o centro de Goiânia, como importante também a movimentação, o início do trabalho do BRT, já mudou também, já deu grande diferença no centro de Goiânia.

Altair Tavares: Prefeito, sobre esse assunto, os candidatos dizem que o centro está abandonado, a prefeitura não faz nada pelo centro, o centro não tem segurança. O senhor diz que tem investimentos que estão sendo feitos, um projeto que está em andamento. Por que os candidatos ignoram o seu projeto ou o que está sendo feito?

Rogério Cruz: Eles são candidatos, eu sou o prefeito. É simples. Eles são candidatos, eu sou o prefeito. É só isso. Eles querem tomar o que eu tenho hoje, a minha cadeira. É simples.

Fred Silveira: Outra pergunta que eu quero fazer é o seguinte: como é que o senhor encara o seu índice de rejeição? O que eu mais ouço na rua é o seguinte, é uma frase que é muito repetida, inclusive eu ouvi agora de manhã. Eu parei numa panificadora para tomar um café e o dono da panificadora me abordou e disse assim, Fred, estou te acompanhando todo dia, quem é que vai hoje? Eu falei, hoje nós vamos receber o candidato para a reeleição, Rogério Cruz. Ele falou, cara, o Rogério não é um cara ruim, só não é um gestor. Essa é a frase que eu ouvi hoje de manhã. É a frase do empresário. Como é que o senhor interpreta essa grande rejeição que o senhor ainda tem? Aqui dentro da capital. As pessoas às vezes acreditam que caiu no seu colo. Você sabe que o senhor escuta muito isso, né? Ah, caiu no colo, não era para ele ser o prefeito, não estava preparado.

Como é que o senhor vê isso?

Rogério Cruz: Olha, é muito simples essa explicação. Nós entramos na campanha como vice, ganhamos a campanha, ainda o nosso saudoso Maguito internado, doente. Eu tomei a frente da campanha como vice, como candidato a vice, e infelizmente, dia 13 de janeiro, eu tive que assumir de fato a prefeitura devido à perda do Maguito. Não é que caiu no colo. Não existe essa palavra, caiu no colo. Qualquer vice deve estar preparado para isso. Isso acontece, pode acontecer qualquer um. O vice é pra isso. O vice é pra isso. Uai, se o vice não serve pra isso, serve pra que então? Então não vamos ter vice. Faz o prefeito, o presidente, o governador, sem vice. E pronto. Mas o vice é pra isso. É pra assumir em momentos que oportunos, o executivo, o responsável, no caso prefeito, presidente, o governador precisa viajar, ou sair por um motivo que seja, o vice assume. No meu caso, infelizmente, aconteceu o que aconteceu com o Maguito, e eu tive que assumir. Assumir com dificuldades? Assumir com dificuldades. Enfrentamos muitos desafios? Enfrentamos. Mas desafios esses que foram vencidos. Agora, respeitando aí todos os processos políticos, respeitando todos os momentos, os institutos de pesquisas, respeitando a todos. Mas pra mim, a melhor pesquisa é a da rua. Eu ando na rua todos os dias. Todos os dias eu faço uma caminhada na rua. Em bairros e regiões diferentes. E não é isso que eu vejo. Pelo contrário. As pessoas vêm, me cumprimentam. Aquelas pessoas que têm dúvidas de quem é Rogério, tiram a dúvida na hora. Eu não tenho esse problema comigo. Eu gosto de parar. Eu gosto de olhar, olho no olho, falar diretamente com o cidadão, e explicar aquela situação que ele está sofrendo.

Como aconteceu lá no Residencial Itaipu, na semana passada. Um cidadão veio, botou… Falou mesmo no meu olho. Você é o pior prefeito de Goiânia. Falou no meu olho. Você é o pior prefeito que Goiânia já teve. Eu deixei ele falar. Na minha frente. Falou comigo. E eu perguntei pra ele: ‘agora eu quero que você me justifique por que o pior prefeito de Goiânia’. Aí foi falando em alguns pontos. Cada ponto que ele falava, eu falava. Isso é por isso, isso, isso. Ah, mas isso. Isso é por isso, isso, isso. Bom, dez minutos de conversa, saiu me abraçando, sorrindo e agradecendo. Então essa é a particularidade que eu tenho.

Eu ando nas ruas. Pode olhar nas redes sociais, Rogério da Cruz Oficial, e pegar as redes sociais dos outros candidatos. Você vai ver o Rogério na rua. Andando. Os outros estão em cima do palanque.

Altair Tavares: Saúde é um tema crítico porque ele está entre os mais sondados, né? Mas se trata de perspectiva da população, avaliação da população e crítica dos candidatos também. Então, por que a gestão da saúde está aqui com tantos problemas, exatamente no momento que não deveria estar, que é o momento da campanha eleitoral? Falta de funcionários, dificuldade no atendimento, fila grande para exames, problemas de infraestrutura para o atendimento. Como é que o senhor pensa aí, pensa a situação dessas críticas e do futuro?

Rogério Cruz: Olha, a saúde, Altair, é um ponto primordial da gestão, como também para qualquer um que quer fazer campanha. E é fácil fazer campanha em cima de saúde, mas eu quero detalhar aqui um ponto importante. Primeiro, nós começamos essa gestão, todos nós, todos os prefeitos que assumiram em 2021, assumiram com um grande problema, um grande desafio para a saúde, que foi a Covid-19. Primeiro, dois anos, metade do governo de quem entrou em 2021, foi metade dos trabalhos só na saúde, pensando em como não deixar a pessoa morrer de Covid por falta de leito de UTI. Bom, em Goiânia, ninguém perdeu a vida com a Covid-19 por falta de leito de UTI, ponto. De lá pra cá, viemos trabalhando. A Covid-19, ela causou problemas sérios, como a saúde mental, por exemplo. Hoje, temos aí problemas de crianças, jovens, adolescentes, pessoas maiores de idade que têm sofrido aí consequências com resquícios da Covid-19 com a saúde mental. Pensando nisso, nós trabalhamos muito. Por exemplo, mesmo em pandemia, nós entregamos três grandes unidades de saúde, que foi o SF, São Carlos Alto Vale e Riviera. Vamos agora, daqui a mais alguns dias, vamos entregar a UPA do Jardim Guanabara, que todas as notícias em Goiás, em Goiânia, todas as emissoras, rádio, TV e jornal, sempre bateram a questão quando fecharam o cais do Guanabara para criar a UPA do Guanabara. Eu sou o prefeito que vou entregar a UPA do Guanabara. Pode estar certo disso. Nós fizemos agora um levantamento e, com a questão da saúde mental, vamos trabalhar na nossa gestão. Então, na próxima gestão, vamos criar a Policlínica, que é a MEC, uma clínica especializada em que vamos ter várias especialidades para atender o cidadão, como também o Hospital Municipal Psiquiátrico.

Por quê? Porque a psiquiatria hoje é algo que todo mundo procura devido à questão da pandemia. Hoje, você conhece uma pessoa, se ela tem um esquecimento, ah, pandemia, a Covid me deixou com esquecimento. Ela tem um problema nas vistas, ah, pandemia, a Covid me deixou com problema no olho. Ah, eu não consigo aqui com as minhas pernas porque é Covid. Então, as pessoas, tudo é resquício da Covid. E hoje, inclusive no nosso plano de governo, temos essa questão, esse projeto de criar essa Policlínica com especialidades, como também, além da MEC, o Hospital Municipal Psiquiátrico, para que possamos dar esse tratamento às pessoas. Mas, assim como eu sou o prefeito que entreguei três grandes unidades, vamos entregar a quarta agora, a UPA do Guanabara. Também, vamos entregar totalmente reformado, 100%, o CROF, que estava abandonado. Hoje, inclusive, com sala de cirurgias, que não tinha. Também, eu sou o prefeito que reformou 64 unidades de saúde, mesmo tendo aí as dificuldades. Com a pandemia, entreguei 64 unidades de saúde completamente reformadas, trazendo qualidade de serviço para a população e dignidade para quem trabalha lá. Então, eu sou o prefeito que tem condições de fazer, de continuar fazendo e de ter feito hoje, para entregar melhorias na saúde para a população.

Altair Tavares: Mas, na ponta aí, há problemas. O Hospital da Mulher não está internando pacientes há uma semana. O apontado é que está protestando, não abrindo vagas para pacientes, porque não recebe. Desde junho, o acordo feito lá atrás não foi cumprido, segundo informações internas dele. Procede isso?

Rogério Cruz: É uma situação que a gente tem que lidar de muito tempo. Repito: não são problemas da minha época, não estão apenas. São problemas que vieram e corriam na barriga, e nós estamos trabalhando para resolver. E vamos resolver. Agora, é importante lembrar que, quando a pessoa fala do… A gestão, o problema não é da gestão de Rogério. É gestões que já vinham lá atrás. A Fundac… A Fundac, é por isso que é fácil falar. Por isso é fácil falar dos problemas. O candidato que vem aí, para falar do problema que está na gestão, é muito fácil. Ser oposição é a coisa mais fácil que tem. Mais fácil que tem. A rua não tem buraco e vai dizer que tem buraco. É fácil. Então, nós temos sim um problema com a saúde. Nós, inclusive, respeitamos lá a questão que, como eu falei aqui no início, a questão do TCM, como foi dito para o nosso secretário de saúde, que inclusive foi suspenso pelo TCM. Foi uma decisão do TCM. Foi suspenso por um programa que já existe inclusive no Brasil. Nós trouxemos para cá e foi suspenso. Foi suspenso, mandou parar. E agora já voltamos com o mesmo projeto, que vai em breve já contratar outros médicos. Também enfermeiros, técnicos, para fazer o serviço que tem emprestado a população goianiense. 

Larissa Dourado: Por falar em saúde, nós ouvintes aqui com o telefone final 8581, mandou a pergunta para o senhor a respeito da convocação do concurso da saúde. Ele falou que os contratos vencem amanhã e que o desfoque ficará maior ainda.

Rogério Cruz: Olha, o concurso da saúde é aberto. O concurso que nós fizemos em 2022 foi um concurso. E eu atualizei, renovei esse concurso. Prorroguei esse concurso até 2026. Está prorrogado. Estão mais dois anos. Aliás, 25 depois de 26. Pode ser por mais dois anos. Está prorrogado. E assim que tivermos a oportunidade de convocá-los, serão todos convocados. 

Fred Silveira: Prefeito, o senhor tem um minuto e meio para fazer suas considerações finais. 

Rogério Cruz: Já acabou? O tempo é pouco, né? Mas tá bom. Quero agradecer, pelo menos, a Rádio Bandeirantes, a equipe Fred Silveira, Larissa e também o Altair, nosso professor, que sempre vem participando conosco, pela oportunidade de abrir espaço para que nós possamos debater assuntos importantes da cidade e também os nossos compromissos com a cidade no futuro. Eu sempre digo que estou e vou continuar criando pontos para o futuro. O que fez, vai continuar fazendo. O que eu já fiz, quero continuar fazendo. Por isso, nós estamos juntos nessa batalha, caminhando todos os dias na cidade de Goiânia, nos quatro cantos de Goiânia. Convido a você a participar da nossa rede social, Rogério da Cruz Oficial. Abra lá e você vai poder acompanhar melhor o nosso trabalho e nós andando em toda a cidade de Goiânia. Nós já fizemos muito, mas sabemos que ainda temos muito o que fazer. Eu, nessa cidade, Goiânia me abraçou, abraçou a minha casa, a minha família e hoje eu quero fazer muito por Goiânia. Goiânia é minha casa. Como eu disse no início, ninguém quer ver sua casa suja, ninguém quer ver sua casa com problema. Portanto, eu trabalho cada dia mais para fortalecer esse compromisso que eu tenho com a cidade de Goiânia.

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