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Política
| Em 2 anos atrás

Rizzo promete ação para convencer Caiado a não sancionar projeto sobre antiga sede da Alego

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O empresário e fundador da Associação dos Protetores do Bosque dos Buritis, Leonardo Rizzo, afirmou ao Diário de Goiás que deve ser articulada uma ação do setor cultural para tentar convencer o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) a não sancionar o projeto que concede o prédio da antiga sede da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO).

O projeto, de autoria do presidente da Alego, o deputado estadual Lissauer Vieira (PSD), foi aprovado em segunda votação, durante sessão ordinária, nesta quinta-feira (03/11). Anteriormente, a ideia era devolver a área à Prefeitura de Goiânia para implementar no local um Palácio da Cultura, conforme chegou a ser anunciado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos).

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No entanto, como o Diário de Goiás adiantou no início de outubro, o TCM-GO voltou a ficar interessado no prédio. A atual sede do Tribunal de Contas dos Municípios, por sua vez, foi transferida para a Prefeitura de Goiânia, que ainda não se manifestou sobre o que pretende instalar no espaço.

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“É uma palhaçada. O presidente da Assembleia está agindo como ditador. Tenho certeza que governador não vai concordar com isso. É um trabalho de 38 anos, não é de hoje. Vamos resistir, propor ações de nulidade, notificar a Prefeitura para embargar obra que não seja a restauração do prédio [para criar o Palácio da Cultura]”, disse Rizzo.

Segundo o empresário, está marcada uma manifestação, no sábado (05/10), contra o projeto e, partir daí, serão definidas os detalhes da estratégia para buscar reverter a situação, inclusive um possível encontro com Caiado. “Não vamos deixar isso barato. Mexeram com o grupo errado. A cultura não vai se calar.”

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Porém, de acordo com um palaciano, o governador “dificilmente vai interferir em uma decisão da Alego sobre um patrimônio da Alego”.

Rizzo declarou, ainda, que já estava em curso uma negociação para estabelecer uma parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc), instituição que ele procurou após uma sugestão do próprio Lissauer. “Não consigo entender como um homem público tem uma atitude dessa, sabendo que vai ser implantado um Palácio da Cultura e o nome dele vai estar lá. E ele quer se conselheiro [do TCM-GO]. Olha o nível de homem público que nós temos.”

Procurada, a assessoria de imprensa do presidente da Alego preferiu não comentar as declarações e informou que “a doação do imóvel se deu em comum acordo, entre o Tribunal de Contas dos Municípios, a Assembleia Legislativa, a Prefeitura de Goiânia e o Estado conforme versa o processo legislativo nº 10744/22”.

À reportagem, a assessoria de imprensa do prefeito afirmou, sem entrar em detalhes, que “o Paço Municipal trabalha para viabilizar a implementação do Palácio da Cultura em outro equipamento cultural da cidade” e que “a gestão segue comprometida com a valorização da arte e dedicada a implementar os projetos elencados junto ao segmento artístico da capital”. A Secretaria Municipal de Cultura (Secult) não quis se manifestar.

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