Publicidade
Política
| Em 5 meses atrás

Rizzo fala em “luxúria, excesso de gastos e mordomia” como problemas da administração em Goiânia

Compartilhar

O pré-candidato a prefeito de Goiânia lançado pelo Partido Novo, Leonardo Rizzo, usa as expressões “luxúria, excesso de gastos e mordomia” como problemas da administração da Capital que ele visa combater, se eleito. Empresário do ramo imobiliário, esta semana, em entrevista ao Diário de Goiás, ele se disse também que é contra a venda das áreas públicas proposta pelo prefeito Rogério Cruz.

“Esse tipo de coisa não leva a nada. Essas áreas têm que ter um uso social que integre os interesses coletivos. Por exemplo, é preciso que se faça polos industriais ou comerciais no leste, oeste, norte e sul para gerar emprego nesses extremos e as pessoas tenham que usar menos o transporte para o trabalho. Então essas áreas podem ser muito importantes”, defendeu em entrevista ao jornalista e editor-chefe do DG, Altair Tavares.

Publicidade

Além disso, ele aponta que são áreas que poderiam suprir o déficit habitacional da Capital. “Essas áreas estão em toda Goiânia. E [hoje] não é possível criar como antigamente, como foi com Vila União, Cidade Jardim, Vila Mutirão, Jardim do Cerrado e Orlando de Moraes, esses conjuntos habitacionais a um custo muito grande. Já que essas áreas da prefeitura são nesses espaços vazios na região urbana, [o ideal é]  que os assentamentos também fossem feitos nessas áreas, com as pessoas mais concentradas é mais fácil de resolver os problemas”, avalia Leonardo Rizzo.

Publicidade

Segundo ele, um exemplo de que a estratégia de vender é equivocada está em uma negociação de governos anteriores com o passivo do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores  (Imas) em que o órgão teria recebido várias áreas públicas. “Foi autorizada a venda de áreas para quitar o déficit com o Imas em governos anteriores. Hoje o Imas está cheio de áreas para vender e assim pagar suas contas. E com áreas não se paga contas. Já fizeram uma venda muito maior que essa para atender o Imas e porque ele não vendeu ainda? [Por causa do] Mercado, preço”, sustenta.

Publicidade

Problema das finanças é má gestão e luxúria na administração de Goiânia, diz Rizzo

Sobre as finanças da prefeitura, o pré-candidato afirma que dinheiro não é problema e sim má gestão. “Basta ter boa gestão. Gasta-se com luxúria, excesso de gastos, mordomia exagerada, autonomia para cargos comissionados exagerados. Precisa de economia de gestão”, argumenta.

Rizzo aponta como exemplo uma urbanização. “O preço que ela custa para a prefeitura é duas vezes e meia [maior] do que para um empresário porque ela [prefeitura] demora para pagar, tem burocracia, processo licitatório, coisas que precisam ser revistas. A gente sabe como fazer economia. Cheguei aqui assim. Não tinha nada. Sou filho de costureira, pai bancário, dez irmãos. Tínhamos de fazer a coisa acontecer e aconteceu. Sou testemunha de que é possível sair do nada e fazer fortuna desde que dê choque de gestão, fazer acontecer”, completa.

Publicidade

Crítico da atual gestão, ao falar em termos de plano de governo, Rizzo consideram que quase tudo é emergencial. “Tapa-buracos, trânsito caótico, lixo caótico, praças abandonadas, 9 mil crianças sem creche. Então há prioridades inúmeras, mas eu escolheria a criança de zero a cinco para alfabetização inicial à altura do que acreditamos que o cidadão tem direito”, relaciona.

Solução casada

Para o empresário, o déficit de 9 mil vagas de creche representa “9 mil crianças que não têm onde ficar e 9 mil mães e pais que precisam ficar em casa para vigiar essas crianças e não podem trabalhar. Outro prejuízo é que as pessoas nem sempre estão preparadas para educar seus filhos, então o interessante é que nós zerássemos isso, dando igualdade de ensino”, avalia.

Falando em “igualdade no ensino”, ele considera que “há discriminação hoje, com o rico estudando em creche de R$ 1 mil, enquanto o pobre tem que estudar numa da periferia que diz que é de graça porque é do município, mas que custa para o contribuinte o dobro do que custa a escola do rico”. É uma “questão de números”, considera.

Ele defende que as mães tenham um voucher para utilizar em creches próximas do trabalho e assim promover uma solução casada para outro problema.  “Também há déficit gigantesco de donas de casa para trabalhos na faxina, arrumar casa. Não se acha arrumadeira, passadeira, cuidadora de idosos em Goiânia. Então se a pessoa trouxesse sua criança e pusesse em uma creche próxima de onde trabalha [ajudaria]”, finalizou. Lembrado de que o pré-candidato do UB, Sandro Mabel, tem proposta parecida, ele brincou com o assunto: “Mas ele veio depois”.

Pré-candidato aprova terceirização da Comurg

Já num caso como o da Comurg, que terceirizou a coleta de lixo, ele pergunta: “Quanto custa para a Comurg recolher o lixo? Se está terceirizando, então recolha mais”. Ele defende a terceirização alegando que ela permite “produzir com um custo menor”.  

Além disso, prefere que a Comurg foque em cuidar dos parques e jardins. “Eu separaria parques e jardins. O lixo tem que ser terceirizado de qualquer forma, porque não é mais permitido colocar em aterros não certificados e só existem dois no estado que são certificados, em Guapó e em Aparecida. O lixão de Goiânia não tem mais do que dez anos de vida.  O lixo do futuro vai ser reciclado, vai ser gás para abastecer a frota do município, vai ser o chorume que pode ser cristalizado para ser transformado em adubo e aproveitar o potássio. Hoje [a prefeitura] gasta muito com adubo para manter as praças floridas. O lixo é interessantíssimo, [e tem] as cooperativas de catadores”, aponta.

Cidade futurista

Sobre ter perfil de gestor apontado nas pesquisas em Goiânia, o pré-candidato é enfático: “Se eu não me enquadrasse não me candidataria. Não só me enquadro como consigo resolver os problemas da cidade que não são tão difíceis de resolver. Quero que Goiânia seja uma cidade futurista, no ranking das melhores para se viver no Brasil, na vanguarda dos eventos esportivos, artísticos, culturais, atraindo os grandes eventos”.

Para ele, o prefeito “é um síndico de um prédio que recebe o tributo da população e é obrigado a fazer a coisa funcionar”.

Publicidade