Tite, enfim, conheceu os adversários do Brasil na primeira fase da Copa do Mundo. Em sorteio realizado na última sexta-feira (1º), em Moscou, a seleção se tornou a cabeça de chave do grupo (E) que ainda terá Suíça, Costa Rica e Sérvia.
Após indefinições iniciais com logística e nível dos rivais, Tite agora tem outros motivos para se preocupar. E o principal deles é o estilo de jogo quase padrão que irá encarar nos três primeiros duelos na Rússia: muita retranca e linhas de até cinco defensores diante do ataque brasileiro. E foi justamente esse o maior desafio do treinador no comando da equipe até o momento.
“Independente dos adversários, o importante é consolidar o nosso jogo”, frisou o treinador. Jogo, aliás, que ainda não encaixou contra os chamados “ferrolhos”.
Depois de “passear” sobre os adversários sul-americanos nas Eliminatórias, Tite levou sua equipe à Europa no último mês. No confronto contra o Japão, poucos problemas e uma vitória tranquila sobre os frágeis asiáticos. Já na partida seguinte, “ferrolho” inglês e uma dificuldade considerável para furar a primeira grande retranca. E assim será na Copa.
Sensação da Copa do Mundo de 2014, a Costa Rica hoje atua com uma linha de cinco defensores. A Sérvia, apesar de uma certa falta de identidade de jogo por conta das constantes trocas de técnicos, vem mostrando a mesma característica. Ainda que varie em alguns momentos, utiliza uma linha de cinco na defesa e mais quatro homens no meio de campo.
Até mesmo a agora ofensiva Suíça -melhor ataque e campanha entre os classificados via repescagem da Europa- não deixa de respeitar parte de sua tradição histórica armar consistentes defesas.
Questionado diversas vezes sobre tal desafio na primeira fase, Tite evitou comentários pontuais sobre a situação que já lhe causou problemas. A estratégia foi valorizar os adversários sob outros aspectos.
“A Suíça tem Lichtsteiner (da Juventus), Shaqiri (Stoke), Xhaka (Arsenal) são de qualidade. Foram muito bem nas eliminatórias. Quando você vê a qualidade desses jogadores, a experiência que eles têm em Copa… A Costa Rica foi bem em 2014, tem sua linha de cinco. Mas o importante, repito, é crescermos até lá”, comentou o técnico.
Ciente do desafio “até lá”, Tite projeta ao menos quatro jogos para acertar o poderio ofensivo de olho no Mundial. Já em março, no dia 23, a expectativa por uma nova defesa forte pela frente. A seleção encara a Rússia em Moscou. No dia 27, o desafio é diante da Alemanha, em Berlim, no último amistoso antes da lista final para a Copa.
Com o grupo já convocado, Tite ainda fará mais dois jogos nas semanas que antecedem o torneio. E a ordem é buscar adversários que simulem o estilo de jogo dos rivais na primeira fase, com defesa forte.
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