Após 16 dias de atuação do Gabinete de Crise da Saúde, implementado em caráter emergencial pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), os resultados foram apresentados na quinta-feira (12) ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO), ao Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems-GO) e ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). A iniciativa propiciou o encaminhamento de 831 pacientes para leitos na capital e, neste período, nenhuma morte foi registrada enquanto aguardavam por vagas de internação.
Na reunião de prestação de contas dos dados, o secretário estadual de Saúde, Rasível Santos, destacou que os gabinetes instalados fazem o acompanhamento diário das solicitações. A ação organizada resultou em avanços significativos, aprimorou os critérios de avaliação e reduziu as solicitações diárias de vagas de UTI de 24 para 5, e de enfermaria de 174 para 78.
Resultados práticos
Nesse período de crise na Saúde, um dos principais problemas enfrentados foi a falta de leitos de UTI para atender as demandas do município. A atuação dos gabinetes de crise otimizou o uso dos leitos existentes e foi atrás de negociações para ampliar o número de unidades disponíveis.
A partir disso, foram ampliados os leitos na cidade, com 20 leitos de UTI adulto abertos no Hospital Ruy Azeredo, 16 leitos de UTI no Hospital das Clínicas (10 adultos e 6 pediátricos) e 40 leitos de UTI (20 adultos, 10 pediátricos e 10 neonatais) e 32 de enfermaria no Hospital Estadual de Águas Lindas.
Durante a apresentação dos números, o procurador-geral do Ministério Público de Contas do TCM-GO, Rafael Pandim, reforçou a importância do trabalho que vem sendo desempenhado e parabenizou os envolvidos, diante dos resultados já alcançados. “É importante para gente ter essa visão macro e ver os resultados que têm sido alcançados e também ver aquilo que eventualmente faltou fazer […] Então quero agradecer e parabenizar toda a equipe”, pontuou.
A presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems-GO), Patrícia Fleury, ressaltou ainda como a situação enfrentada na capital tem impactado diretamente os 246 municípios goianos.“O Sistema Único de Saúde se dá por diversas pactuações e acaba que a capital atende todos os municípios com serviços de média e alta complexidade. Mas saímos esperançosos, porque cada decisão é baseada em dados para direcionar cada ação”, frisou.
A reunião contou ainda com a participação de representantes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), que tem prestado auxílio direto, por meio da disponibilização de efetivo da corporação para tripular as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da capital.
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