As medidas de redução de gastos adotadas pelo governador Marconi Perillo a partir do final de 2014 para conter os efeitos da crise econômica nacional sobre o caixa do Governo de Goiás foram destaque na Primeira Reunião do Fórum de Governadores do Brasil Central, realizada nesta sexta-feira (3/2) no Palácio Pedro Ludovico Teixeira. O secretário de Gestão e Planejamento (Segplan), Joaquim Mesquita apresentou os números do ajuste e afirmou que, em 2015, o Estado tem superávit primário de R$ 1,040 bilhão.
O dado confirma o bom desempenho da economia goiana, mesmo num período de retração econômica em todo o País. O secretário ficou responsável por falar em dois painéis de Goiás no encontro de governadores: o Programa Goiás Mais Competitivo e Inovador (GMCI) e o Programa de Austeridade pelo Crescimento. Ele explicou que o Goiás Mais Competitivo se baseia em três eixos e dezesseis desafios, focados na governança efetiva e na aliança municipal. Juntos, dão ao governador segurança para a tomada de decisões em áreas estratégicas da administração pública – educação, saúde, segurança pública, habitação e saneamento.
Outro eixo importante, enfatizou, é a Aliança Municipal, que se baseia na interação entre Estado e Municípios, de modo a fortalecer ações em áreas estratégicas e garantir avanços sociais significativos, como, por exemplo, a melhoria dos indicadores do Ensino Infantil.
O Programa de Austeridade pelo Crescimento do Estado de Goiás, cujas bases foram lançadas ainda em 2014, explicou Joaquim Mesquita, proporcionou um significativo corte de despesas, com redução de 16 secretarias para 10, extinção de mais de 5 mil cargos e funções gratificadas, combate ao desperdício e estabelecimentos de metas a serem atingidas por cada uma das pastas.
Este ano, relatou, o Plano de Austeridade reduziu ainda mais o tamanho da maquina, com a extinção de 1.137 cargos comissionados, conselhos e unidades administrativas, além da extinção de 40 subsecretarias de Educação. Num primeiro momento foram mantidas 15, mas o governo tomou a decisão, baseado em estudo técnico, de acabar com todas. Só com essa redução, o governo estadual planeja economizar R$ 10 milhões por mês.
No painel seguinte, o diretor da empresa pública CEITEC/MCTIC, Paulo Luna, falou da rastreabilidade animal. A empresa é detentora de um software que permite o completo monitoramento do rebanho animal, permitindo o desenvolvimento de plataformas digitais de controle fiscal, melhoramento genético e saúde do rebanho, nascimento, crescimento e abate. O Centro-Oeste tem hoje um rebanho bovino de 92 milhões de cabeça – superior ao dos Estados Unidos (86 milhões) e Austrália (40 milhões) – e responde por mais de um terço da produção nacional de carne.
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