A equipe econômica do Governo Federal trabalha para impedir a prorrogação da redução dos impostos sobre gasolina e etanol, que vão até a próxima terça-feira (28/02). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), conta com o retorno da cobrança dos tributos para ter quase R$ 28,9 nos cofres públicos.
Politicamente, no entanto, a reoneração é mal vista e setores tanto dentro do PT como da base aliada esperam que Lula bata o martelo com relação a continuidade da desoneração.
Nesta sexta-feira (24/02), o presidente Lula reuniu com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o ministro de Energia, Alexandre Silveira e o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, além do ministro da Casa Civil, Rui Costa, no Palácio do Planalto.
O fim do benefício pode provocar o aumento do preço da gasolina e etanol: aproximadamente R$ 0,69 no caso da gasolina e R$ 0,24, no etanol. A ala política sustenta que isso poderia trazer desgaste para Lula.
No entanto, Haddad deseja os recursos para recompor as contas públicas. A participação do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates na reunião foi estratégica. Crítico da política de preços implantada durante a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB), que repassa os reajustes tanto do dólar como do mercado internacional para o consumidor na bomba.
Prates tem como objetivo encontrar uma maneira de articular a redução do preço dos combustíveis mesmo com o retorno dos impostos. Essa equação é o desafio para que o consumidor não veja o combustível disparar.
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