Por 56 votos a 18, Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito presidente do Senado nesta sexta-feira (01). Desde o início, o senador alagoano era considerado o favorito para substituir José Sarney (PMDB-AP) na presidência da Casa. A vitória era esperada já que o parlamentar integra a maior bancada e contava com o apoio do PT.
Em seu discurso antes da votação, Calheiros não mencionou as denúncias feitas na semana passada pela Procuradoria Geral da República, mas citou a Lei da Ficha Limpa. “Alguns aqui falaram sobre ética e seria até injusto com esse Senado, que aprovou celeremente a Lei da Ficha Limpa, demonstrando que esse é compromisso de todos nós”.
Apesar de ter renunciado a presidência do Senado em 2007, Renan se diz confortável para assumir a cadeira de presidente mais uma vez. Calheiros comprometeu-se em realizar uma série de ações para mudar a gestão da Casa e criar a Secretaria da Transparência, responsável por atender os pedidos feitos na base da Lei de Acesso à Informação.
O candidato derrotado, senador Pedro Taques (PDT-MT), apoiado pelo PSDB, DEM, Psol e PSB obteve 18 votos. Antes da votação Taques subiu à tribuna e realizou um discurso de derrota. “Sei que a nossa derrota é certeira, transparente, inevitável, aritmética”, afirmou o senador. Pedro disse ainda que a Renan Calheiros seria eleito em meio ao silêncio dos covardes.
Dois senadores votaram em branco e outros dois, nulo.