A Prefeitura de Goiânia terá de desembolsar mais de R$ 100 milhões de reais para reformar todo o pavimento asfáltico do Eixo Anhanguera. Previsto para ser feito em duas etapas, as obras irão começar em junho deste ano com uma reestruturação inicial de fresagem do pavimento com recapeamento. Na primeira fase, a Secretaria de Infraestrutura estima um custo de R$ 9 milhões no projeto.
O anúncio do prefeito Rogério Cruz nesta segunda-feira (09/05) por meio das redes sociais é consequência de uma decisão judicial de março deste ano. A Prefeitura no entanto, ainda vai ir atrás dos recursos para que a obra possa ser tocada. Uma licitação em caráter emergencial, também será realizada para contratação de uma empresa que tocará os serviços nessa primeira fase que tem previsão para ser concluída em novembro.
“Essa fase inicial era para o cumprimento deste ano com previsão de seis meses de duração. O cumprimento em seis meses, leva em conta o que praticamente ficou decidido no termo judicial e nas conversas técnicas que foram feitas entre a Metrobus e a Seinfra”, explicou Everton Schmaltz, em entrevista ao Diário de Goiás, concedida nesta terça-feira (10/05). “As definições também que foram realizadas, foram pautadas em cronogramas específicos e que levou em consideração as interferências, os trechos iniciais para que se fossem iniciados os serviços, para que tivesse uma certa dinâmica e o cumprimento desse prazo que inicia em junho”, pontuou reforçando o valor inicial que a obra terá como custo.
“Essa primeira fase o valor previsto está em torno de nove milhões com recursos da própria prefeitura. E trata-se de um serviço um pouco mais simplificado de acordo com o que foi demandado tecnicamente, que seria a fresagem do pavimento existente para dar a regularizada e fazer um novo revestimento que seria como um recapeamento, com espessura que pode chegar a 5cm para que se tenha a regularização que vai dar melhor trafegabilidade dos veículos. Essa é a primeira fase que deve ser realizada este ano”, pontuou.
Segunda etapa será ampla e prevê reestruturação até das calçadas
Se depender da Prefeitura de Goiânia, o Eixo Anhanguera receberá nova diagramação com reformulação não apenas nas vias, mas também nas calçadas e nos semáforos. O projeto da Seinfra é que na segunda etapa que tem previsão para começar em agosto do ano que vem e demandará aproximadamente R$ 100 milhões para os cofres públicos, toda a via seja reestruturada com o mesmo material asfáltico que hoje é usado no BRT Norte-Sul.
“Tem muito mais resistência, durabilidade, resiste muito mais e não causa deformações. Desde o inicio do ano percorrendo as obras do BRT o prefeito já tinha total entendimento de como seria a Avenida Anhanguera que é do ponto de vista dele essencial, tanto em termos da convivência humana como do sistema viário que ela oferece, um dos polos e pontos mais importantes de Goiânia”, explicou Everton. “O compromisso da Seinfra é com o pavimento do sistema do tráfego de ônibus e sendo acrescido todas essas etapas, com as vias de tráfego de veiculos, calçadas, a parte de sinalização, de urbanização também fará parte desse grande maior projeto”, salientou.
Para que a Prefeitura possa executar todos os serviços, técnicos do Paço e o prefeito Rogério Cruz já foram à Brasília para buscar os recursos e a tendência é que o Governo Federal participe da reestruturação. “Já estivemos na Caixa Econômica Federal para negociar o aporte de recursos. O plano de trabalho deve ser entregue esta semana para ser encaminhado via Ministério do Desenvolvimento Regional que também foi outra visita que fizemos e conversamos com o ministro da disponibilidade e ao que tudo indica, o caminho realmente é esse e tem sinalizado que esses recursos virão do erário federal”, destacou.
Por onde começar?
De acordo com Everton, a Prefeitura já tem em mãos um cronograma mapeado para inicio dos trabalhos e quais regiões priorizar. “O que tem mais dificuldade para desenvolvimento de serviços é o trecho entre a Praça da Bíblia e Campinas. É onde se tem maiores interferências, fluxos de tráfego maior, maior trânsito de pedestres e cruzamentos. Esse tópico, a gente está considerando ele como crítico embora a estrutura dele esteja praticamente com 40, 50% a serem recuperados”, salienta.
Gradativamente, os trabalhos serão realizados para que ainda este ano, todo o trajeto esteja com o pavimento renovado. “Afinal, estamos falando de um pavimento que tem mais de 40 anos… A vida útil dele já se passou… Estamos falando de um trabalho que deveria ter sido feito há 20, 25 anos atrás”, destacou.