Rede hospitalar em Goiás inicia semana à beira do colapso

A semana começou com números preocupantes nas principais redes hospitalares de Goiás. A rede estadual, que disponibiliza leitos em mais de 20 hospitais em todo o estado, chegou a ter apenas duas UTIs disponíveis pela manhã nesta segunda-feira (8), com ocupação superior a 99%.

Às 15h, a taxa continuava alta, com 98,37% e apenas sete dos 429 leitos de terapia intensiva vagos. Havia leitos disponíveis apenas no Hospital de Urgências de Anápolis (2), Santa Casa de Catalão (1), Hospital Estadual de Jaraguá (1), HCamp de Luziânia (1), Hospital de Senador Canedo (1) e Hospital Vital, em São Luís de Montes Belos (1). Todas as demais unidades estavam lotadas.

A ocupação é grande também nos leitos de enfermaria, para pacientes moderados. Dos 491, apenas 53 estavam disponíveis às 15h, o que resulta numa lotação de 89,21% das enfermarias estaduais.

Na média, dos 920 leitos destinados exclusivamente ao tratamento de pacientes com covid-19, 93,48% estão ocupados.

Redes municipais

Se no início de fevereiro a situação das redes municipais era mais tranquila, agora o cenário é igualmente preocupante. Em Goiânia, nesta segunda-feira (8), há 99% de ocupação tanto dos leitos de UTI quanto de enfermaria.

A capital disponibiliza 254 vagas para tratamento intensivo e 206 para pacientes com quadro moderado.

Em Aparecida de Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde informou que 97% dos leitos destinados ao tratamento de pacientes com covid-19 na rede pública estão ocupados. A rede privada já não tem mais vagas.

Em Anápolis, só há vagas na rede municipal porque a prefeitura abriu, emergencialmente, 13 novos leitos no fim de semana. A cidade tinha 60 leitos até sábado (6). Porém, a demanda cresceu e UTIs foram abertas no Centro de Internação Norma Pizzari (6); no Hospital Municipal (1); na UPA da Vila Esperança (2); e no Hospital Ânima (4). Nesta segunda, são 62 anapolinos nas 73 UTIs, o que representa 84,9% de ocupação.