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Randolfe quer enfrentar Renan. PSDB deve votar no PMDB

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL) só participou da CPMI do Cachoeira porque o PSDB abriu mão de uma das vagas a que tinha direito.

Logo após o inicio das investigações, Randolfe se transformou no principal critico do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), em relação às investigações da venda de uma casa (do governador para Cachoeira), que seria um dos pontos fortes da Operação Monte Carlo.

O PSDB nacional foi duramente criticado por abrir a vaga para um senador que estava atacando um governador do partido.

Agora Randolfe lançou o nome para a disputa pela presidência do Senado. Ee pretende enfrentar Renan Calheiros (PMDB), que por sua vez teria conseguido apoio do PSDB – segundo informações divulgadas em jornais, conseguiu isso após ter acertado um plano de apoio à não aprovação do relatório final da CPMI.

Nessa questão, senadores do PMDB ajudaram o PSDB a salvar de um desgaste maior o Governador de Goiás.

Agora os tucanos estão tendo que encontrar uma saída para justificar o apoio a Renan Calheiros. Lideres do PSDB dizem que apoiariam o senador Pedro Tarques (PDT) e não Randolfe.

No pano de fundo, PSDB e parte do PMDB caminham juntos em Brasília, estão juntos em torno da candidatura de Renan.

O líder tucano no Senado, Alvaro Dias, nega o acordo, mas nos bastidores ele é dado como certo e o apoio tucano a Renan já é admitido.

 

Tucanos descartam apoio a alternativos
Valor Econômico – 18/01/2013

Apesar do incômodo interno no PSDB com as denúncias de supostas irregularidades envolvendo os candidatos a presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a direção nacional do partido decidiu não estimular apoio de seus deputados e senadores a candidaturas alternativas.

A avaliação dos dirigentes é que a oposição, por ser minoritária nas duas Casas, não poderá ser responsabilizada pela eleição dos dois candidatos, patrocinados pelo governo. Na Câmara, o PSDB já decidiu apoiar Henrique Alves. No Senado, os tucanos estão divididos. Mas a expectativa da cúpula é que seja decidido apoio a Renan, obedecendo a proporcionalidade partidária, que garante ao PMDB o direito de ocupar a presidência.

Pelo regimento interno do Senado, os cargos da Mesa Diretora são distribuídos, na medida do possível, de acordo com o tamanho das bancadas. O PMDB tem o maior número de senadores (20), seguido do PT (12) e do PSDB (10). Pemedebistas ligados a Renan argumentam que, se um partido com direito a cargo na Mesa apoiar outra legenda, estará descumprindo a regra da proporcionalidade e, portanto, perderá direito a cargo.

A cúpula nacional do PSDB, por enquanto, não vê razões políticas para apoiar outro nome. Mas não vai interferir no processo sucessório de nenhuma das Casas. A posição será tomada por cada bancada. No Senado, o assunto será discutido no dia 31 de janeiro, véspera da eleição.

O líder, Álvaro Dias (PR), espera que a bancada apoie um candidato alternativo, de preferência Pedro Taques (PDT-MT), se for confirmado seu lançamento. Diz estar disposto, inclusive, a abrir mão do lugar do partido na mesa, que, na sua opinião, nada acrescenta politicamente à legenda. “Eu pagaria o preço”, diz, numa posição que não tem respaldo de toda a bancada, por enquanto.

“O PSDB tem de se posicionar como força de oposição. Renan significa a manutenção do sistema atual [de gestão da Casa]. Não podemos ser condescendentes com as posições adotadas atualmente, como a não realização de reforma administrativa na Casa e a submissão às medidas provisórias editadas pelo governo.”

Dias nega que o PSDB tenha feito acordo com o PMDB, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Caso Cachoeira, para votar em Renan em troca da exclusão do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), no relatório final.

“Não houve barganha. Isso não aconteceu. Se alguém do PSDB assumiu esse compromisso, vendeu um produto que não pode entregar”, afirma o líder. Dias participou de algumas reuniões de senadores de outros partidos que discutiram alternativas a Renan. Além dele, apenas outros dois tucanos estiveram presentes: Aloysio Nunes Ferreira (SP) e Cyro Miranda (GO). Alguns senadores do partido admitem, por enquanto reservadamente, apoio a Renan.

Do grupo chamado de “dissidente”, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) já lançou sua candidatura, mas, principalmente por sua veemência na CPI a favor da investigação de Perillo, não contaria com a simpatia dos tucanos. Os dissidentes querem que o próximo presidente do Senado se comprometa com mudanças na gestão, previstas em manifesto elaborado por Cristovam Buarque (PDT-DF).

Marcley Matos

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