Com músicas lançadas desde 2014, o quinteto sergipano “A Banda dos Corações Partidos” traz mais um trabalho com o novo disco “Canções de Ódio, Ressentimento e Abandono”. O título, de acordo com os músicos, tem nome “forte e desconfortável para alguns, mas escancara em sons e palavras as muitas possibilidades do amor visceral, aquele amor íntimo, profundo e desnudo, apartado da aura romântica enquanto um fetiche da sociedade patriarcal”.
O álbum, que possui 12 canções plurais em que a banda explora distintas “sonoridades, intensidades e, sim, teatralidades”, mostra uma coleção de músicas que ora é pesado com distorções, ora cadenciado por brasilidades.
No trabalho, já disponível na internet, a vocalista Diane interpreta e sente cada palavra proferida. As músicas também trazem dinâmicas melódicas e suaves em algumas músicas e traz potência e provocações em outras. “É um disco de indie rock, mas também é, no mesmo espaço e tempo, de música brasileira”, afirma ela.
Ouça ‘Canções De Ódio, Ressentimento e Abandono’
A capa do disco, da artista Vanessa Passos, carrega um pouco do que a Corações oferece por meio da música. “Parti da visceralidade explícita em ‘Canções De Ódio, Ressentimento e Abandono’ por meio de sobreposições de ilustrações e projeções de corpos”, diz a artista na divulgação do trabalho.
Ainda segundo Vanessa, a arte reflete sobre o sentimento impregnado na carne que desestabiliza o coração e o faz pulsar e funcionar sem uma lógica, “amar é liberdade, como prega a banda”.
Apesar dos lançamentos oficiais desde 2014, A Banda dos Corações Partidos surgiu com uma oficina de teatro melodramático em 2006. Anos depois, com trabalhos consolidados, o quinteto já participou de eventos como Festival de Artes de São Cristóvão (2019), Virada Cultural de São Paulo (2017), Conexão Vivo em Recife (2009) e Projeto Periférico na Escola SESC do Rio de Janeiro (2012) além de festivais importantes em Sergipe, como Zons e Projeto Verão.