O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta segunda-feira (18) que o governo encerrará 2019 com déficit primário de R$ 80 bilhões, valor bem abaixo da meta de R$ 139 bilhões. Com isso, serão liberados R$ 14 bilhões do orçamento.
“Do ponto de vista fiscal, 2019 foi um ano bastante acima das expectativas”, declarou Guedes. O ministro destacou ainda a colaboração do Executivo com o Legislativo, que aprovou reformas como a da Previdência Social, com o Tribunal de Contas da União (TCU), que deu autorização para acelerar o processo da cessão onerosa e com o Supremo Tribunal Federal, que permitiu a venda de subsidiárias de estatais sem a necessidade de votação no Congresso.
Com a liberação do Orçamento, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, destacou que os ministérios terão totais condições para concluir “tudo aquilo que estava programado”. O desbloqueio também abrirá espaço para o pagamento de R$ 8 milhões em emendas não impositivas a deputados e senadores.
O déficit primário representa o resultado negativo das contas do governo sem o pagamento dos juros da dívida pública. O Orçamento de 2020 prevê meta de déficit de R$ 124,1 bilhões para o Governo Central.
No entanto, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, disse que é provável que as contas do governo central fechem o próximo ano “dezenas de bilhões de reais” melhor que o projetado. Mesmo com o déficit de 2020 menor que o estimado, Rodrigues assegurou que o governo também não mudará a meta fiscal para o próximo ano.
*- Com informações da Agência Brasil