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Brasil
| Em 4 meses atrás

Índices metereológicos indicam qualidade do ar insalubre em Goiás, DF e outros seis estados

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A fumaça advinda das queimadas que acometeram as regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste nos últimos dias, tornaram a qualidade do ar “insalubre” em oito estados, nesta segunda-feira (26), conforme o indicador do site IQAir. Algumas cidades de Goiás, Acre, Rondônia, Pará, Tocantins, Minas Gerais, São Paulo e do Distrito Federal estão com os níveis máximos de poluição.

O mapa de qualidade do ar do IQAir mostra uma mancha de poluição que vai do extremo oeste do Amazonas, atravessando o país e chegando a São Paulo. Os indicadores do site, em tempo real, mostram que, às 19h desta segunda (26), a cidade de Porto Velho (RO) era a mais poluída do Brasil, com qualidade do ar considerada “muito insalubre”.

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No ranking de péssima qualidade do ar, as quatro piores cidades são, atrás de Porto Velho: Rio Branco (AC), Manaus (AM), Recife (PE) e São Paulo (SP). Na região de Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais a qualidade do ar foi classificada como “insalubre”.

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Em Goiás, somente em agosto, a Delegacia Estadual de Defesa do Meio Ambiente de Goiás (Dema) registrou ocorrência de 794 focos de incêndios florestais. No ano passado inteiro, foram registrados 1.862 focos de incêndios florestais no estado. Até as 15h desta segunda (26), eles já somavam 1.710, faltando quatro meses para terminar o ano e sem previsão de chuva.

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Qualidade do ar na capital

Usado para classificar e determinar a qualidade do ar, o termo PM 2,5 é bem conhecido no mundo do controle da poluição atmosférico. As PM2,5 são um tipo de partículas inaláveis, de diâmetro inferior a 2,5 micrometros (µm) e constituem um elemento de poluição. De acordo com o site The Weather Channel, conforme os índices do PM 2,5, a qualidade do ar em Goiânia nesta segunda (26) é considerada “insalubre para grupos de risco”, com alerta de que “membros de grupos sensíveis poderão sentir efeitos à saúde” dentro das condições atuais.

Desde o último domingo (25), Goiânia e outras cidades do interior de Goiás, como Caldas Novas, Catalão e Anápolis, amanheceram envoltas por uma nuvem de fumaça. O fenômeno decorrente de queimadas e agravado por condições climáticas, como o deslocamento devido a uma massa de ar polar que se adensa sobre o Centro-Oeste, traz riscos à saúde respiratória e demanda cuidados especiais, principalmente para os grupos de risco que incluem crianças, idosos e pessoas portadoras de doenças respiratórias.

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Recomendações de Saúde

Diante do atual cenário, o Ministério da Saúde (MS) emitiu nota com orientações e recomendações para que a população evite a exposição à fumaça intensa e neblina, causadas pelas queimadas. A pasta orientou que as pessoas evitem, ao máximo, a exposição ao ar livre e a prática de atividades físicas.

Confira a nota de orientações do MS:

O Ministério da Saúde recomenda as seguintes orientações para a população:

  • Aumentar a ingestão de água e líquidos ajuda a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas;
  • Reduzir ao máximo o tempo de exposição, recomendando-se que se permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar condicionado ou purificadores de ar;
  • As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários com elevadas concentrações de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa;
  • Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre 12 e 16 horas, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas;
  • Uso de máscaras do tipo “cirúrgica”, pano, lenços ou bandanas podem reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas) e, portanto, melhoram o desconforto das vias aéreas superiores. Enquanto o uso de máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população;
  • Crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes devem redobrar a atenção para as recomendações descritas acima para a população em geral. Além disso, devem estar atentas a sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde e buscar atendimento médico o mais rapidamente possível.

Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros, devem:  

  • Buscar atendimento médico para atualizar seu plano de tratamento;
  • Manter medicamentos e itens prescritos pelo profissional médico disponíveis para o caso de crises agudas;
  • Buscar atendimento médico na ocorrência de sintomas de crises;
  • Avaliar a necessidade e segurança de sair temporariamente da área impactada pela sazonalidade das queimadas.

Ministério da Saúde

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.