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O primeiro dia de propaganda eleitoral no rádio e na TV dos candidatos à Presidência da República, transmitido neste sábado (1º), teve Luiz Inácio Lula da Silva como candidato do PT, mesmo após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) barrar a candidatura do ex-presidente com base na Lei da Ficha Limpa.
A sessão extraordinária da corte durou 11 horas e terminou perto das 2h. Por 6 votos a 1 os ministros decidiram que o petista não pode candidato por ter sido condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por órgão colegiado. O TSE também decidiu que Lula pode aparecer na propaganda do partido, mas não como candidato.
Nos dois blocos da propaganda no rádio (às 7h e ao meio-dia) e no primeiro bloco da TV (às 13h), a propaganda da chapa petista seguia com Lula. Isso, porém, não indica que houve desrespeito à decisão da corte, uma vez que as emissoras responsáveis por gerar o programa recebem o material a partir das 7h e é necessário no mínimo seis horas de antecedência para que o material seja transmitido.
Advogado de Lula na área eleitoral, Luiz Fernando Casagrande afirmou à Folha de S.Paulo que não houve tempo de trocar o material para atender à decisão do TSE.
No rádio, o programa do PT foi aberto com um alerta para a orientação do Comitê de Direitos Humanos da ONU, dizendo que ele poderia participar da disputa. “Lula é candidato a presidente, sim”, afirmou o programa.
Haddad apareceu na propaganda como candidato a vice-presidente, dizendo que muitos imaginavam que o partido e o povo iriam abandonar Lula.
A voz do ex-presidente surge ao final, criticando cortes feitos por Temer e afirmando já ter mostrado que o Brasil pode ser melhor. “Acredito que juntos somos capazes de reconstruir esse país”, diz.
Com a maior fatia do horário eleitoral, a campanha do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, teve como alvo a desconstrução de Jair Bolsonaro (PSL), que na propaganda teve tempo apenas para falar o nome da própria coligação.
Bolsonaro é colocado pelos tucanos como um “cowboy que atira”, um político que age na base da “bala, da raiva e do ódio”, além de ter votado contra a PEC das Domésticas, o que, segundo a campanha, mostra que ele tem algo contra os pobres.
Já o tucano, chamado pelo primeiro nome, é apresentado como o candidato que age “com a cabeça e o coração”. A redução da taxa de homicídios e a ampliação da rede de tratamento do câncer foram as realizações destacadas de seus quatro mandatos como governador de São Paulo.
Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Henrique Meirelles (MDB) usaram o tempo diminuto para se apresentar a seus públicos-alvos. A candidata da Rede mirou as mulheres, enquanto Ciro focou nos endividados e desempregados. Ex-ministro de Temer, Meirelles buscou aproximar seu nome ao de Lula e se apresentar como o candidato capaz de resolver os problemas do país.
(FOLHA PRESS)