A nova direção do Pros irá conversar com o coach Pablo Marçal e tentará convencê-lo a mirar uma candidatura para a Câmara dos Deputados. Antes presidenciável da legenda, o empresário deverá ter de reconfigurar a rota após Euripedes Júnior ter sido reconduzido ao comando da legenda e articular apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já no primeiro turno. As negociações avançaram e foram consolidadas nesta quarta-feira (02/08).
“Vamos conversar com o Pablo e seu grupo. O partido considera que ele tem potencial para ser um dos deputados federais mais bem votados do Brasil”, avalia Bruno Pena, advogado do Pros. O coach ainda insiste na candidatura e pode recorrer, mas o jurista acredita que este não será o melhor caminho para o presidenciável. “Ele já começaria uma campanha sob judice, tendo de responder sobre isso a todo o tempo”, avalia.
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Marçal e seu grupo no Pros não receberam bem a notícia do apoio a Lula. Por meio de nota, ameaçou judicializar o processo e disse que se tornou um “pesadelo” para os políticos. Bruno, no entanto, garantiu que quer pacificar o processo. “Não queremos o enfrentamento com o Pablo. Não seria interessante”, pontua.
Veja a o posicionamento na íntegra:
Sobre a notícia veiculada a partir de uma nota do PT de que a atual direção do PROS decidiu apoiar a candidatura daquela sigla, informamos que a atual executiva não se manifestou até o presente momento e que a candidatura de Pablo Marçal foi indicada em ata de convenção realizada pelo partido dentro dos prazos legais. Para que se consolide o suposto apoio, seriam necessários 10 dias para convocação de uma nova convenção, conforme estatuto do partido, algo inviável até o dia 5 de agosto. Esclarecemos que qualquer ação no sentido de descumprir a indicação realizada na convenção e contrária ao ordenamento jurídico vigente, será objeto de judicialização, uma vez que já existe o registro da candidatura aguardando apenas a homologação do TSE.
A candidatura de Pablo Marçal que, até então, era motivo de piada para determinados setores da política, com a efetivação da indicação na convenção, tornou-se em pesadelo, sendo essa movimentação a prova viva disso. Seguimos firmes no propósito de destravar a nação pelo voto e de enfrentar qualquer poder que, arbitrária e ilegalmente, ouse afrontar o estado democrático de direito.