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Cidades
| Em 11 meses atrás

Promulgada lei que proíbe acúmulo de lixo, após veto derrubado de Cruz

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O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), promulgou a Lei Complementar Nº 368, que dispõe sobre o novo Código de Postura da capital, derrubando o veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos). O prefeito havia vetado trechos do Art. 25 que tratavam sobre acúmulo de lixo nas ruas da cidade e regulamentação de depósitos irregulares de recicláveis.

A promulgação foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) na última terça-feira (9). O Art. 25, que havia sido vetado por Cruz, determina que: “são expressamente proibidas às atividades comerciais que resultem no acúmulo de resíduos ou rejeitos em vias públicas ou no interior de imóveis (armazéns, residências, imóveis abandonados, galpão), no município”.

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O Diário de Goiás tentou contato com a Prefeitura de Goiânia para saber o posicionamento da gestão acerca das determinações aprovadas apesar do veto, e para saber se o prefeito pretende recorrer, no entanto, não obteve resposta até o fechamento da matéria. O novo Código de Postura de Goiânia passará a valer a partir do dia 28 de janeiro.

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Detalhamento da emenda

De acordo com o vereador Lucas Kitão (PSD), autor da proposta, a manutenção da emenda original permite uma fiscalização mais rígida e impede que a capital tenha uma “cracolândia”. “A falta de legislação e a exclusão social de dependentes químicos permitem que dependentes de drogas pesadas, como o crack, recorram à reciclagem de materiais sólidos para sustentar o vício, como acontece em São Paulo. Essa situação já acontece no bairro de Campinas, onde moradores reclamam que há três cooperativas irregulares”, detalha Kitão.

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De modo complementar ao trecho mantido, os parágrafos 1, 2, 3 e 4 do Art. 25 detalham a exigência da formalização do trabalho de catadores de materiais recicláveis; o incentivo a instalação de ecopontos na capital; e o atendimento e inserção social de dependentes químicos que sobrevivem por meio da coleta seletiva. A intenção das propostas é evitar um problema social na capital goiana.

Nesse sentido, Lucas Kitão sugere que os geradores de resíduos sólidos atendam às exigências de formalização e ofereçam condições dignas para atuação de catadores. “A profissionalização, a criação de ecopontos em todas as regiões da capital, como já prevê o Plano Diretor, e a atenção aos dependentes químicos, com rede de acompanhamento multidisciplinar, evitarão que Goiânia vivencie situação parecida com a de São Paulo e que tenha cracolândia”, pontua o vereador.

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.