14 de agosto de 2024
Cidades

Projeto de revitalização do centro de Goiânia é discutido com a Prefeitura

Marcelo Safadi, superintendente da Secima, na Avenida Goiás, no Centro (Foto: Diário de Goiás)
Marcelo Safadi, superintendente da Secima, na Avenida Goiás, no Centro (Foto: Diário de Goiás)

 

Projeto de revitalização do centro de Goiânia

Um projeto de revitalização do centro de Goiânia foi apresentado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima) ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende, na quinta-feira (26). O documento propõe ações conjuntas do Governo de Goiás e da Prefeitura de Goiânia para incentivar o comércio e reformar o visual do setor.

Entre as propostas estão a redução de alíquota do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para imóveis no centro e a isenção total do imposto para comércios 24 horas na Rua do Lazer. Além disso, consta no projeto a retirada de vendedores ambulantes na região e a regularização do comércio informal para que este não concorra com o comércio instalados.

A restauração da Praça do Trabalhador e Estação Ferroviária, com recursos do Governo Federal, também faz parte do projeto. Com o objetivo de impulsionar a criação de estacionamentos verticais, propõe-se o aumento em 100% do IPTU para estacionamentos térreos e a redução em 10% para estacionamentos verticais, de acordo com o número de pavimentos.

Foco econômico

O superintendente executivo de Assuntos Metropolitanas da Secima, Marcelo Safadi, explicou em entrevista ao Diário de Goiás que a revitalização tem foco econômico. “Quando um lugar começa a ficar deprimido economicamente, começa a perder também seu patrimônio histórico”, afirmou.

O fenômeno de sucateamento do centro não é exclusivo de Goiânia. Isso acontece, segundo o superintendente, porque os centros inicialmente abrigavam vários serviços públicos que aqueciam o mercado local. Com a crescente migração desses serviços para outras regiões, os centros vão ficando vazios e desvantajosos comercialmente.

Marcelo Safadi defende que para restaurar o orgulho goianiense do centro de sua cidade é preciso incentivar a atividade econômica, que por sua vez vai atrair a população ao setor: “Todo lugar que tem atividade econômica está resolvido. O problema todo é quando você tem a casa fechada, o prédio vazio, a loja para alugar, a falta de pessoas. A depressão econômica é o primeiro sinal da destruição de uma paisagem urbana”.

Reutilização do espaço

O superintendente comentou também os imóveis abandonados no centro, que prejudicam a imagem do setor e são reflexo da recessão econômica. Um desses imóveis é o prédio localizado no cruzamento da Avenida Goiás com a rua 2, que deveria ser a sede da Caixa em Goiânia mas foi impedido pela prefeitura por não ter estacionamento.

“Esse é um caso clássico. Esse é um excelente prédio, por exemplo, para o [programa] “Minha Casa, minha vida”. Esse prédio está pronto para o Minha casa, minha vida, sem estacionamento”, defendeu. Para o gerente, o imóvel poderia ser comprado por estudantes e pessoas que não utilizam veículos automobilísticos.

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Veja o vídeo da entrevista completa:

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