O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego) realiza nesta segunda-feira (2), às 16h, uma manifestação no Colégio Estadual Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás. O ato pede paz e segurança nas escolas públicas do município e de todo estado. A expectativa do sindicato é que cerca de 1 mil pessoas participem.
A iniciativa foi motaivada pelo assassinato do coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira neste mesmo colégio. Esta foi a segunda morte de trabalhadores da Educação em Goiás somente em 2019. Em abril, o coordenador Júlio César Barroso de Sousa foi morto a tiros por um estudantes da Escola Estadual Céu Azul, em Valparaíso de Goiás.
Após a tragédia, o Sintego lançou a campanha “A Educação pede Paz”. O objetivo do movimento, segundo informou a presidente do sindicato, Bia de Lima, é “criar uma rede de proteção para todos os profissionais da educação”. De acordo com ela, a ação trabalha junto ao poder público, aos profissionais e estudantes para estabelecer uma cultura de paz e harmonia nas escolas goianas.
“A ideia é sensibilizar a sociedade para essas barbáries. A gente precisa conter essa avalanche de criminalidade, violência e assassinatos. A Educação tem entrado no meio disso de forma lamentável. Essa ação tem o caráter de lamentar o assassinato do professor Bruno, mas também conscientizar e cobrar o Poder Público em relação a medidas protetivas”, disse a presidente.
Outras ações
Dentro da campanha “A Educação Pede Paz”, a professora Bia de Lima diz que o Sintego tem desenvolvido principalmente seminários. Em Goiânia, por exemplo, haverá uma audiência em conjunto com o Conselho Municipal de Educação para envolver os órgãos de segurança no combate à violência nas escolas públicas do estado. “Precisamos buscar uma saída para os profissionais”, afirma a presidente.
Conforme informou o Sintego, várias ações de violência têm acontecido em Goiás. Em regiões periféricas da capital, de acordo com o sindicato, houve mais de um caso em que estudantes portaram armas de fogo nas escolas. “Não se chega ao assassinato, mas estamos num ponto de muita instabilidade e insegurança”, salientou a presidente Bia de Lima.
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