Apesar da deflagração de greve dos docentes em ao menos 18 instituições federais em todo o país, nesta segunda-feira (15), os professores das Universidades Federais de Goiás seguem sem indicativo para a paralisação e em negociação com o governo federal. Ao Diário de Goiás, o presidente da Adufg-Sindicato (Associação de Docentes das Universidades Federais de Goiás), Geci José Pereira da Silva, confirmou que a PROIFES-Federação (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico) da qual a Adufg é filiada, terá reunião com Ministério da Gestão na próxima sexta-feira (19), para apresentação de propostas de reajuste salarial e reestruturação de carreiras dos docentes federais.
A reunião da Mesa Específica e Temporária da área de Educação do Magistério Federal da próxima sexta (19) promete um retorno por parte do governo federal em relação às demandas apresentadas pelos professores das instituições federais. Na última quinta (11), o presidente Lula se reuniu com a diretoria da da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e foram instituídos compromissos, entre eles, um acordo com o sindicatos que representam os técnicos-administrativos em educação (TAEs) e os sindicatos dos docentes, para valorização das carreiras.
De acordo com o presidente da Adufg, na semana passada, a Andifes entregou ao governo uma contraproposta e foi deliberado o funcionamento da Mesa Setorial do MEC (Ministério da Educação), de modo a definir como funcionarão as discussões das propostas apresentadas, além da reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente. “Estivemos presentes lá representando o PROIFES-Federação, onde o governo apresentou um termo de compromisso para que os reajuste nos auxílios saúde, alimentação e creche sejam implementados a partir de maio. A PROIFES decidiu por assinar esse termo de compromisso e, agora, fomos convocados pelo governo para uma reunião da Mesa Específica no dia 19, onde a gente espera a resposta em relação à contraproposta de estruturação de carreira que encaminhamos”, detalhou Geci.
Conforme o representante dos professores da UFG, o Sindicato decidiu por não deflagrar a greve, por enquanto. “Entendemos que a negociação ainda está em andamento, entendemos que greve é uma ferramenta que, caso necessário, o trabalhador utiliza, mas precisamos utilizá-la de forma eficiente e inteligente no momento certo. No momento, entendemos que ainda estamos em negociação com o governo federal. Tivemos mesas na semana passada, temos uma mesa específica essa semana para discussão da carreira, apresentamos uma proposta viável de reestruturação da carreira para o Governo Federal”, elaborou o presidente da Adufg.
Segundo Geci, os professores estão esperançosos quanto às negociações. “A nossa contraproposta é possível. Acreditamos que o governo tem que olhar ela com muito cuidado. Essa Mesa, agora, do dia 19, para nós é essencial para vermos o encaminhamento que poderemos tomar após”, destacou.
Após a reunião com o Ministério da Gestão, o Sindicato planeja outras reuniões com os docentes de cada universidade federal de Goiás. “Nós vamos fazer assembleia na Universidade Federal de Catalão (UFCat) no dia 23/04. Vamos fazer assembleia aqui na Universidade Federal de Goiás (UFG) no dia 25/04 e vamos fazer assembleia na Universidade Federal de Jataí (UFJ) no dia 30/04. Só aí vamos tomar a decisão de quais são os encaminhamentos a serem dados”, pontuou o presidente da Adufg.