22 de novembro de 2024
'Picanha mito'

Procon Goiás autua Frigorífico bolsonarista por vender carne imprópria ao consumo

Durante a fiscalização, foram apreendidos mais de 44 quilos de carne refrigerada sem informações sobre a data da embalagem e o prazo de validade
Promoção no último domingo (02) gerou aglomerações em porta de frigorífico bolsonarista
Promoção no último domingo (02) gerou aglomerações em porta de frigorífico bolsonarista

O Procon Goiás em fiscalização realizada nesta quarta-feira (05/10) a unidade do Jardim Goiás do Frigorífico Goiás autuou a empresa que pode pagar uma multa que varia de R$ 754,00 a R$ 13,3 milhões de reais, por vender carne imprópria para o consumo. 

Durante a fiscalização, foram apreendidos mais de 44 quilos de carne refrigerada sem informações sobre a data da embalagem e o prazo de validade, além de 5,5 quilos de carne e 10 unidades de tempero e suco de laranja vencidas. Os alimentos e bebidas foram descartados no local. 

A empresa promoveu uma promoção baixando o preço da peça de uma carne que custa R$129,00 a R$ 22,00 com objetivo de promover o número da legenda do partido do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). A peça recebeu o nome de “picanha mito” em uma referência eleitoral.

MPF Eleitoral investiga se houve crime em promoção

A promoção gerou controvérsias a ponto do Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) pedir à Polícia Federal (PF) a instauração de um inquérito policial com o objetivo de investigar suposto crime eleitoral cometido pelo Frigorífico Goiás, que, no dia da votação, atraiu centenas de pessoas e gerou tumulto com uma ação promocional de picanha por R$ 22 o quilo para consumidor que estivesse vestindo a camisa da seleção brasileira.

A promoção, conhecida como “picanha mito”, que usava o número e a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL), pode configurar propaganda eleitoral análoga à de boca de urna com arregimentação de eleitores, divulgação de propaganda de partido político ou de seu candidato e a publicação de conteúdos nas aplicações de internet no dia das eleições, de acordo com o MP Eleitoral.

Mulher morre após acidente em tumulto no frigorífico que fazia promoção da ‘picanha mito’

A família de uma mulher que tem aproximadamente 45 anos registrou um boletim de ocorrência no domingo (02/10) denunciando que ela morreu após se acidentar durante o tumulto na porta do Frigorífico Goiás que realizava promoção de picanha a 22 reais em alusão ao número da urna do partido do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Reportagem do Diário de Goiás mostrou confusão e muita aglomeração no local que fazia a oferta inusitada.


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