A prisão do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi convertida em preventiva na tarde de sexta-feira (9), por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A defesa de Valdemar apresentou um pedido de liberdade do presidente da sigla e o STF abriu o prazo de 24 horas para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o assunto.
O presidente do PL foi alvo de um mandado de busca e apreensão em operação da Polícia Federal, em que os agentes encontraram um revólver com o registro vencido e uma pepita de ouro de 39 gramas sem origem declarada. Valdemar Costa foi preso em flagrante por posse ilegal de arma e usurpação de bens da União.
No momento em que a operação da Polícia Federal estava em andamento não havia mandado de prisão contra o presidente do PL, mas a prisão em flagrante aconteceu devido ao que foi encontrado. O revólver, além de estar com documentação vencida, estava em nome do filho do político, e a pepita de ouro passou por perícia preliminar, definindo que tem 92% de pureza.
Segundo o advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, por meio das redes sociais, a não soltura de Valdemar Costa “só escancara ainda mais o momento que o Brasil vive”, prestando solidariedade à família do presidente do PL em seguida.
Investigações
A Polícia Federal informou que Valdemar Costa é investigado por participação de investida golpista para manter o ex-presidente Bolsonaro no poder nas eleições de 2022, além de ser apontado como um dos principais entusiastas de questionamentos feitos ao sistema eleitoral. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou também que há indícios da participação do presidente do PL no “sistema delituoso”.
De acordo com o ministro do STF Alexandre de Moraes, Valdemar é visto pela Polícia Federal como o “principal fiador” dos questionamentos sobre as urnas eletrônicas, determinando que o presidente do PL mantenha contato com Bolsonaro, conforme informado pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
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