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Política
| Em 1 mês atrás

Principais erros do governo Lula foram na taxação de compras e fiscalização de transações do Pix, indica pesquisa

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A taxação de compras internacionais de até US$ 50 e a fiscalização das transações do Pix acima de R$ 5 mil no mês foram considerados os maiores erros do governo Lula pela população. A pesquisa Latam Pulse, divulgada nesta terça-feira (11) pela Atlas/Intel Bloomberg, demonstra a insatisfação dos brasileiros diante de algumas medidas impostas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pela terceira vez consecutiva, foi avaliado negativamente.

O levantamento, que ouviu 3.125 eleitores, apontou que 70% considera o aumento da taxação de compras internacionais como um erro, ante 17%, que viram a medida como um acerto. Outros 58% também afirmam que o governo Lula errou ao tentar implementar a fiscalização para transações do Pix acima dos R$ 5 mil mensais, decisão que, após repercussão popular negativa, foi revogada.

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Apesar disso, a maioria dos entrevistados soube apontar a motivação do governo para fiscalização das transações Pix. Questionados sobre os objetivos da medida, 58,4% responderam que foi para “Fiscalizar o devido pagamento de impostos e combater a lavagem de dinheiro”; enquanto 24,8% disseram não saber ou indicaram outros objetivos; e 16,7% afirmaram que a real intenção era “Taxar as transações realizadas via Pix”.

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Consequências do anúncio da fiscalização do Pix

Ainda nesse sentido, 31% dos brasileiros pontuaram que os grandes sonegadores de impostos seriam os principais afetados pela instrução normativa da Receita Federal que ampliava a fiscalização das movimentações financeiras via Pix. Acreditam que todos os cidadão seriam afetados de maneira geral 24,8%; e que os trabalhadores informais seriam os mais prejudicados 24%. Outros 6% indicaram que os comerciantes e pequenos empresários lesados com a medida.

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Mesmo com a repercussão negativa e o burburinho sobre a diminuição do uso da modalidade de pagamento, 58,9% dos entrevistados responderam que continuaram utilizando o Pix normalmente após tomar conhecimento da nova medida da Receita. Já 24,4% afirmaram que pensaram em evitar utilizar o Pix, apesar de continuar usufruindo das transações rápidas.

A minoria admitiu mudanças na utilização após o anúncio da medida. 14,7% afirmaram passaram a evitar usar o Pix, dando preferência para outros tipos de transações financeiras, e 2,1% pararam completamente de usar a modalidade.

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Carga tributária

Em relação ao aumento dos impostos no país, 45,4% afirmaram que a carga tributária está “aumentando muito” nos últimos anos. Outros 28,5% indicaram que acreditam não ter “aumentado e nem diminuído”; 19,3% afirmaram que vem “aumentando”; e 5,3% disseram estar “diminuindo”.

A pesquisa demonstrou, ainda, que a visão dos brasileiros sobre o trabalho da Receita Federal está tecnicamente empatada. 44,2% dos entrevistados avaliaram como positiva, e 44,1% como negativa. Outros 11,8% não souberam responder.

Acertos do governo Lula

Entre as medidas mais bem avaliadas do governo Lula estão: a retirada dos garimpeiros das reservas indígenas e ambientais (72% acerto); programa de renegociação de dívidas Desenrola (72%); isenção do IR para pessoas com renda mensal abaixo de R$ 5 mil (71%); e a assinatura do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (62%).

Fonte: Altas/Intel Bloomberg

Avaliação do governo

No geral, a avaliação do governo Lula foi negativa pela terceira vez consecutiva, com 46,5% dos entrevistados considerado o governo petista ruim ou péssimo. Em novembro de 2024, 41,3% dos brasileiros consideravam o governo ruim ou péssimo. Esse percentual subiu para 44,6% em dezembro de 2024, e tornou a subir, agora, em janeiro de 2025.

Atualmente, 37,7% dos brasileiros avaliam o governo de Luiz Inácio como ótimo ou bom. Em dezembro do ano passado, essa análise era positiva para 40,8% dos entrevistados.

A pesquisa Atlas/Intel Bloomberg ouviu 3.125 eleitores entre dos dias 27 e 31 de janeiro, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%. A metodologia utilizada foi a de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR).

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.

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