Começam nesta segunda-feira (25) os testes clínicos com a fosfoetanolamina sintética, conhecida como pílula do câncer, em São Paulo. Nesta primeira fase, dez pacientes receberão a medicação, e serão monitorados por uma equipe do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
Na próxima etapa serão testados mais 21 pacientes para dez tipos de tumores: cabeça, pulmão, mama, cólon e reto, colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado. Se os resultados forem positivos, serão incluídos novos pacientes, até o limite máximo de 10 mil pessoas.
Os testes foram aprovados na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, do Ministério da Saúde. A Fundação para o Remédio Popular (Furo), laboratório oficial da Secretaria de Saúde do Estado, forneceu cápsulas da substância para realização da pesquisa.
A fosfoetanolamina sintética foi estudada pelo pesquisador aposentado da Universidade de São Paulo, Carlos Gilberto Chierice, enquanto ele ainda estava ligado ao Grupo de Química Analítica e Tecnologia de Polímeros da Universidade. Algumas pessoas tiveram acesso as cápsulas contendo a substância, produzidas pelo professor, que usaram como medicamento contra o câncer.
Em 2014, a USP proibiu a produção de qualquer tipo de substância que não tivesse registro, como as a fosfoetanolamina. Pacientes que faziam uso do medicamento e disseram notar melhora no quadro de saúde recorrem à Justiça e ganharam direito de acesso ao medicamento.
Informações: Agência Brasil
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